União Eterna

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Alguns Dias Depois...

Kara estava agachada, ajudando Lena a calçar os sapatos com cuidado.

— Amor, tem certeza que está bem? Consegue ficar em pé? — perguntou, olhando-a com preocupação.

Lena a encarou, seus olhos transbordando admiração. Kara era, sem sombra de dúvidas, a melhor noiva do mundo.

Antes que Lena pudesse responder, o médico entrou no quarto, fazendo uma reverência.

— Majestade... Madame.

Kara se levantou e sorriu.

— Doutor.

O médico continuou:

— Sua recuperação foi ótima, madame Luthor. Todos os exames indicam que tudo está bem com você e o seu filho.

Lena sorriu, acariciando a própria barriga.

— Faça sempre bastante repouso. Pegue um pouco de sol pela manhã. Isso vai fazer bem para você e principalmente para o bebê. A linhagem Zor-El precisa de sol, como a senhorita já deve saber.

Lena assentiu, ainda sorrindo, e olhou para Kara, que segurou sua mão com carinho.

— Obrigada, doutor — disse Kara, completamente grata.

— Estaremos por perto se precisar de qualquer coisa — acrescentou o médico antes de sair.

Lena se levantou com a ajuda de Kara, e as duas caminharam devagar até a janela, onde a luz do sol matinal começava a brilhar, trazendo uma sensação de renovação.

— Vou te pegar no colo, tudo bem? — Kara disse, segurando-a com cuidado.

Lena assentiu e se deixou ser erguida. Logo, elas estavam nos ares, voando acima de Thanagar, as preocupações do mundo abaixo delas.

Kara mudou de direção e aterrissou suavemente na cabana que era o refúgio das duas, longe de tudo e todos.

Lena olhou ao redor, confusa.

— Por que viemos para cá?

Kara delicadamente deitou Lena na cama, deu um beijo na barriga dela e a encarou:

— Muitas coisas aconteceram na noite que quase te perdi. A ideia mais sensata foi te trazer pra cá, acredite em mim.

Lena ergueu uma sobrancelha.

— O que foi que aconteceu?

Kara tentou desviar o olhar, mas Lena segurou seu rosto, firme.

— Kara, me fala agora! O que aconteceu?

— Não é melhor falarmos disso depois?

— Não!

Kara sabia que, quando Lena ficava séria assim, não havia escapatória. Ela precisava contar tudo.

— Eu... eu tive um surto.

— Surto? Como assim, Kara? Me explica melhor isso.

— Eu matei a Lucy.

Lena ficou surpresa e um silêncio pesado pairou no ar.

— Eu faria a mesma coisa se fosse com você — disse pensativa.

Kara respirou fundo, evidenciando dor em seus olhos.

— Eu também matei... também matei a minha mãe.

Lena arregalou os olhos, assustada.

— O QUÊ?

— É isso mesmo... você não ouviu errado.

Esperança e LiberdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora