Kim Jongin é o príncipe rebelde da segunda família mais importante do país e próximo na linha de sucessão ao trono, mas odeia tudo que a realeza representa. Sua lista de transgressões é extensa: vomitar em banheiros públicos, orgias em quartos de ho...
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A Capela é uma joia escondida no coração de St. Georg, uma obra-prima da arquitetura gótica que encanta pela beleza melancólica e sepulcral. Sua fachada de pedra esculpida é um verdadeiro tesouro, com detalhes ornamentados que parecem ganhar vida quando banhados pelo sol da manhã.
Kyungsoo não aguenta esperar a missa.
Precisa falar com o Padre Hermann com urgência.
Ele se senta nos bancos longos de carvalho, impaciente. Suas pernas e pés ansiosos continuam balançando enquanto espera.
O interior é um convite à contemplação e reflexão. Lá dentro, as janelas em arco são altas e emolduradas por vitrais coloridos que lançam um brilho suave sobre o piso de madeira, criando uma atmosfera quase sobrenatural.
Ele admira os tesouros suntuosos da arte sacra, os afrescos bucólicos e o ângulo extraordinário da abóbada no teto, até ser finalmente convidado a entrar no confessionário.
Ao se ver confinado na estrutura de madeira escura, Kyungsoo se senta com as costas coladas na parede e começa a cutucar as unhas, ansioso. Ele não tem coragem de encarar a grade que os separa.
— Bom dia, meu filho. Em que posso ajudá-lo hoje?
A voz do Padre Hermann é grave e decrépita, como a de um homem que teve o infortúnio de viver por duzentos anos. Se espiar pelo canto do olho, consegue ver a silhueta corcunda do outro lado da grade.
— Perdoe-me, padre, pois eu pequei — murmura ele, como manda a tradição. — Faz dois meses desde a minha última confissão. Vim hoje porque... preciso confessar algo que tem me incomodado muito.
— Claro, meu filho — responde calmamente. — Fico feliz que tenha vindo. Vamos começar. O que tem lhe perturbado? Você pode me dizer quais são os seus pecados?
Há alguns pecados que Kyungsoo coleciona diligentemente. Mentiras, julgamentos precipitados, desejos de vingança, ambição e pequenos atos de desobediência, como fazer vista grossa para algumas infrações na sua função de Monitor-Chefe.
— Eu tenho mentido para meus pais, colegas e para mim mesmo — confessa ele, fechando os olhos com força. — Tenho sido ganancioso, invejando as coisas que outras pessoas têm, e tenho me entregado a pensamentos impuros.
