Capítulo 13

575 50 153
                                    

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Conforme o verão se alastra, os mergulhos no riacho acabam fadados a um término fugaz

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

Conforme o verão se alastra, os mergulhos no riacho acabam fadados a um término fugaz. A água esfria rápido sob o toque da brisa gelada e eles se abrigam na sombra do salgueiro-chorão, munidos com as armas de costume: livros, galhos quebrados de freixo e sorrisos brilhantes.

A essa hora da tarde, ainda longe do declínio do sol, o riacho se transforma em um espelho d'água, mimetizando o azul-celeste do céu. No reflexo invertido, músculos se desenham nas costas nuas de Jongin quando ele ergue seu galho, em desafio, como se empunhasse uma espada.

— Minha vez — anuncia ele, em tom solene. Com um sorriso presunçoso, desliza o graveto na linha sutil do peito de Kyungsoo. — Morrer... é uma arte, como tudo o mais. Nisso sou excepcional.

O Monitor-Chefe bufa.

— Fácil. Sylvia Plath, Lady Lazarus. E essa frase é de um poema, não um livro. — Kyungsoo o golpeia com o próprio galho, acertando-lhe as pernas compridas. — Se atente às regras!

Jongin se afasta, rindo. E continua recitando:

Desse jeito faço parecer infernal!

— Você perdeu, Jongin. É minha vez agora.

Mas ele não para. Em vez disso, apoia uma mão no peito, sobre o coração, como se encenasse um ato dramático em uma peça de teatro.

Desse jeito faço parecer real.

— Você é um péssimo perdedor. — Kyungsoo balança a cabeça, desacreditado. — Você é terrível nisso. Só sabe recitar poemas, Shakespeare e Oscar Wilde. Tão previsível.

É um jogo particular. Um clube do livro improvisado. Uma paródia bem intencionada do que um dia a Tríade já foi, em seus primórdios de ouro. Kyungsoo se diverte murmurando confissões disfarçadas de citações românticas, enquanto Jongin coleciona passagens mórbidas, sarcásticas ou de duplo sentido.

— O problema não é eu ser um péssimo perdedor — argumenta o príncipe rebelde —, mas você ser um vencedor muito bom. O jogo é injusto. É impossível competir com você.

Herdeiros do SolOnde histórias criam vida. Descubra agora