A notícia chega na manhã seguinte.
Kyungsoo desperta ao som grave e estrondoso dos sinos da Capela e percebe imediatamente que há algo errado. No Instituto St. Georg, os sinos são tocados para convocar os alunos à missa ou anunciar eventos importantes, como casamentos e batismos.
Ou funerais.
Ele se põe de pé em um pulo, ainda vestindo as calças de seda do pijama. Com um gesto apressado, afasta as cortinas que bloqueiam a vista da janela e olha para fora, para além dos muros de St. Georg e dos gramados verdejantes.
Na rua ampla, já dentro da propriedade do colégio, oito carros Rolls-Royce Phantom pretos se aproximam, enfileirados de maneira simétrica e impecável. Cada um carrega um pequeno estandarte acima da grade frontal — um para cada uma das Oito Famílias Reais.
Três batidas na porta o fazem dar meia-volta. Um padrão que já conhece muito bem.
Três toques curtos, com os nós dos dedos.
O toque dos monitores.
— Sim? — questiona, ainda com a voz arranhada de sono. — Pode entrar, Minseok.
Um rosto familiar aparece entre a porta e o batente.
— Sou eu, Baekhyun — diz o colega, baixinho. — Temos um compromisso urgente. Nossas famílias mandaram motoristas para nos buscar.
Ele franze as sobrancelhas grossas.
— É o que eu estou pensando?
Baekhyun acena com a cabeça.
— Vista-se, rápido. A preceptora está solicitando a presença de todos os monitores no pátio. — O olhar dele desvia para a janela, assistindo o brasão azul royal e dourado tremular ao vento. A Águia-Dourada de duas cabeças da família Song. — Precisamos hastear a bandeira mortuária.
Kyungsoo assente, refletindo sobre o significado implícito nas palavras. Ao mesmo tempo em que Baekhyun completa, em um murmúrio seco e fúnebre:
— O Rei Song está morto.
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Herdeiros do Sol
FanfictionKim Jongin é o príncipe rebelde da segunda família mais importante do país e próximo na linha de sucessão ao trono, mas odeia tudo que a realeza representa. Sua lista de transgressões é extensa: vomitar em banheiros públicos, orgias em quartos de ho...