Nas Profundezas Do Encanto - Nishimura Niki

7.1

Ansiedade, essa é a palavra que mais resume todos os meus sentimentos. Na última noite demorei a pegar no sono por conta de todos os pensamentos intrusos que invadiram minha mente. Um exemplo era sobre oque faríamos? Onde a levaria?

Em pouquinho tempo a menina já se tornou uma luz pra mim, uma pessoa tão incrível e engraçada. Estranhamente, sinto que ela é especial pra mim, não sei como ela virou esse porto seguro tão rápido, mas não reclamo de nada claro. Por conta de toda essa importância que ela possui em minha vida, me sinto nervoso sobre as coisas que vamos fazer, queria que ela se divertisse, me achasse divertido e comesse a me ver assim como eu a vejo.

Depois de enrolar bastante, finalmente acordei pra vida, me levante, arrumei minha cama e fui tomar banho. Em todas as minhas ações, fiquei pensando e programando tudo que iriamos fazer, um bom passeio e algo que Yara goste.

Pensei tanto no que poderíamos fazer que a manhã passou voando e logo chegou a hora de almoçar e eu desci pra sala de jantar, encontrando meus pais e Jay lá. Meu primo me encarava de forma engraçada, parecia que sabia de tudo que se passava em minha cabeça, e o pior é que ele ainda achava graça disso.

Almoçamos - eu sinceramente não comi muito por conta do nervosismo - e conversamos como de costume, evitei ao máximo transparecer a minha ansiedade, não queria que meus pais perguntassem e quisessem saber sobre isso, não queria entrar em detalhes de nada, não agora pelo menos.

Após acabar de comer, fui escovar os dentes, peguei um lacinho e coloquei em meu bolso. Antes de sair, passei no quarto de Jay para avisar que estava saindo e peguei meu caminho até a casa de Yara. Durante o caminho eu me senti enjoado de nervoso, minhas mãos suando, tive medo de ser chato ou não conseguirmos ter uma boa conversa por minha causa, mas já tinha em mente que é um medo sem sentido já que com a menina tudo flui.

Quando cheguei a casa dela, bati em sua porta e fui recebido por Jungwon que abriu a porta com u semblante simpático de sempre.

— Boa tarde, Riki! — ele diz — vou chamar a Yara, um minuto!

Jungwon voltou pra dentro de casa e eu me virou pro lado, só observando as coisas esperando a garota. E ela não demorou a aparecer, eu imagino que não seja necessário dizer que ela está linda. Me aproximei dela e mesmo que por impulso, a abracei, mas foi a melhor ação não pensada que eu já tomei. Seu abraço me dá uma sensação de conforto, não sei oque aconteceu, mas alguma coisa chamava por ela.

— Boa tarde, nuna! Você tá linda hoje!

— Yá! Sou eu quem te deixa tímido, não o contrário!

— Você me deu liberdade! Agora vai ter que aguentar! — respondo e ela revira os olhos — vamos?

Conversamos pouco em frente sua casa e depois começamos a tomar o caminho do castelo. Mesmo que já fizessem semanas que a menina mora aqui, parecia que ela estava passeando pela primeira vez, curiosa sobre tudo.

Andando mais um pouco chegamos ao nosso destino e assim que ela viu, me encarou confusa.

— Por que me trouxe aqui hein? — ela pergunta e quis rir de sua cara e sobrancelha arqueada

— Pra você conhecer meus pais! — quando a respondi, pude ver a cor saindo de seu rosto e uma enorme feição de choque— brincadeira! Eu só quero te mostrar uma coisa!

Continuamos adentrando o castelo e mesmo com o rostinho cansado da garota, ela se mantinha firme e forte a continuar passeando até chegarmos ao jardim. EU estava com medo e receoso sobre oque ela pensaria, se ela ia gostar do lugar, mas quando a vi sorrindo ao ver todas as flores, me senti feliz e aliviado, sabendo que estava fazendo algo que ela gostava.

Adentramos o local e assim como planejado por mim há uns dias, peguei o laço que estava em meu bolso e fiz um buque com as flores que eu antes considerava a coisa mais bonita desse jardim, mas agora com toda certeza é o sorriso da garota assim que o recebeu.

Após essa "pausa", continuamos o nosso caminho, posso parecer chatinho, mas fiz questão de apresentar todas as flores e qualquer foram de vida naquele jardim pra Yara, que ouvia com a maior atenção e se houvesse algum fruto, o experimentava com curiosidade.

Quando fui perceber, já estávamos em nossa última parada, chegamos até a costa do castelo e lá eu a guiei até os barcos. Fiquei um pouco preocupado, a menina parecia receosa e com medo ao entrar, mas logo ela se sentou e parecia mais calma, após nos aconchegarmos no barco, eu dei partida e nos afastamos do castelo.

Ficamos apenas parados no mar, a vista daqui é linda, então aproveitamos isso, é uma coisa que me faz muito bem. Em um momento, sinto o olhar de Yara em mim e sinceramente só serviu pra me deixar bobo. Seus olhos estavam atentos em alguma coisa em meu rosto, quase fiquei inseguro, será que eu tô feio? Ela me encarando assim me deixa nervoso.

— Tudo bem, nuna? — perguntei e ela afirmou

— Tudo bem sim, eu só queria te contar que — ela parou por um instante, mas logo continuou — eu gostei muito de passar o dia com você Riki. Obrigada.

— Não precisa agradecer por isso! Eu que tenho que agradecer e muito por você aguentar minhas gracinhas! — respondo e levo minhas mãos aos seus cabelos e como eu imaginava, são muito macios.

— Nah, até que você não é tão chatinho assim! — falou rindo, mas poxa, precisava me quebrar assim — é só brincadeira!

Ela disse e me abraçou e eu prontamente a retribui. Eu não tenho a mínima ideia de como explicar, mas me veio uma sensação de que meu coração ia explodir, e se eu não tomasse cuidado ia explodir junto. É um sentimento tão forte que eu não sei do que fazer, não sei oque está acontecendo, mas sei quem a causa. E o pior (ou não) a sensação dos meus lábios queimando vieram a tona, mas nesse momento isso não está me incomodando em nada. Ter o corpo dela abraçado ao meu me fez ignorar qualquer coisa, é a melhor sensação que eu já senti.

Ficamos assim até a noite cair e eu retornar ao castelo, por mais que meu desejo fosse ficar com ela por mais tempo, não poderia estraçalhar a confiança de seus irmãos e deixá-la em casa tarde da noite. Assim como a ida, a volta foi cheia de conversas e assunto, nada se repete com ela. Até chegamos em sua casa.

Ficamos um tempo em frente a sua casa conversando, tomei novamente a ação impulsiva de falar certas coisas e a abraçar de nono, mas eu não me arrependo de um a que saiu da minha boca, e deixaria sair de novo. Os sentimentos que ela me causam me faz ficar um pouco fora de mim, isso é notável, eu fico em um êxtase e só tenho olhos pra ela.

Ao nos despedirmos, ganhei um beijinho em minha bochecha, parecia que os lábios dela aqueciam alguma coisa dentro de mim e eu não tenho ideia de como isso pode acontecer. Após isso, a vi se afastar, entrando em casa e quando ouvi o barulho da porta sendo trancada, fui em direção ao castelo, com um sorriso idiota no rosto, e o mantive até a hora de dormir.

Boa madrugada gente...

Faz um tempinho desde a última vez que vi vocês, achei que ia conseguir conciliar a faculdade e a escrita e tudo mais, mas vemos que falhei miserávelmente. 

Mas bom, no meu tempo livre estou escrevendo e não estou escrevendo no caderno pra passar pro wattppad, então tá mais fácil.

Bom, espero que tenha sido uma boa leitura, beijos e bebam água. Se cuidem