CAPÍTULO 4

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sem nenhuma correção! 

COMENTEM, OU O VELHO DO SACO VAI LAMBER O PÉ DE VOCÊS QUANDO DORMIREM. 

[...]

K A R I N

Odeio ficar de mal com o Rubens, e na minha tentativa de conversa, acabei sendo fodido contra as rochas, como sua forma grosseira de persuasão.

E o pior é, que sempre funciona!

— Se ela não aceita? — Ainda apelo, enquanto sinto ele trançar meus cabelos com cuidado.

— Então, ela não é a fêmea ideal para nós. — Declarou e olho para ele sobre o ombro. — Não me olhe assim. Iana mexe com minha cabeça. Ela movimenta algo dentro de mim, que me deixa querendo foder e amar nas mesma proporção, porém, você é o homem que convivo desde que nascemos e não pretendo mudar isso. — Concluiu sério, uma de suas mãos me apertando contra ele.

— mas, — tento contestar e ele me cala.

— Seria da mesma forma se fosse você a chegar agora, e se eu e Iana já estivéssemos juntos. — Declarou sem dar meios para contestar. — Conheço você como a palma da minha mão. Cada detalhe, cada arranhão da sua pele, e é meu coração antes de qualquer outra pessoa. Você é meu companheiro de vida, e se ela não nos aceitar assim, não vou deixar o que temos, para recomeçar com alguém que não me aceita como sou.

Eu paro deixando minha cabeça descansar contra seu peito, ouvindo seu coração estalando em batidas rítmicas que conheço bem, e me condeno por ter sido tão indiferente a nossa vida e história. Rubens tem razão. Eu estava focado demais em conseguir uma fêmea, que não dei prioridade a um sentimento que já existe e sabemos que é uniforme e intenso. Kammy sempre viu nossas linhas de vidas entrelaçada desde que nasci, e Iana cativou a nós dois ao mesmo tempo, mas, mesmo assim ainda não muda o que somos.

Sempre idealizamos uma família, e não disfarçamos isso. Quando Vanessa chegou a caverna acompanhada do Hagar, pensei que aquela coisinha miúda e cheia de curvas seria o ideal para nós dois, porém, mesmo que tentássemos chamar atenção dela, nunca houve realmente uma resposta positiva dela, apesar de ser sempre educada e carinhosa. Muitas vezes pensei que rejeitou nossas invertidas como parceiros sexuais ou companheiros, devido ao fato de que eu e Rubens estivéssemos juntos, porém, nunca foi esse o motivo, e sim devido ao fato de que não era para ser nossa, e sim do Sedrak, que, ao contrário de nós, é possessivo com sua fêmea e jamais permitiria um envolvimento com outro habitante, e também não é como se ela tivesse demonstrado interesse.

— Desculpa. — Peço virando meu corpo entre suas pernas e me empurrando com meus braços para igualar nossos lábios. — Você tem razão. Me perdoa se te magoei. — Suspiro seu cheiro molhado, e beijo seus lábios sentindo sua barba tocar minha pele e seu corpo duro empurrar contra o meu. — Estava cego de desejo pela fêmea e filhotes, e acabei inibindo você. Não é minha intenção afasta-lo, apenas tive medo que não tivéssemos uma oportunidade.

— Você é meu coração, e não me magoou. — Devolveu antes de apertar meus cabelos, e me beijar com ganância, deitando e me deixando ficar sobre seu corpo. — Sei que apenas deseja muito uma família grande, e se sentiu invejoso ao ver Hagar com seus filhotes. Também fiquei assim, e entendo seus sentimentos. — Declarou me fazendo sorrir e beija-lo ainda mais profundamente, amando como ele é compreensível.

— Você é meu coração. — Beijo e lambo seu pescoço, minhas mãos apertando o corpo e sentindo sua nudez me agradando. — Somos um. Prometo não mais agir com medo e insegurança. Estar com nossa companheira deve nos passar segurança e coragem, porque se realmente for nossa, seremos o coração dela, assim como será o nosso.

O SEGREDO DA MONTANHA 4Onde histórias criam vida. Descubra agora