CAPÍTULO 5

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I A N A

Pela manhã, entendi perfeitamente o motivo do qual o Karin se recusou a me cobrir e aumentar minhas chances de gravidez. — Admito, não era apenas pela gravidez. Minhas pernas ainda tremem apenas em lembrar do nosso momento ontem. — Mas, voltando aos motivos, entre minhas pernas está destruído e ardendo, e por sorte tenho uma pasta para restaurar a pele machucada, que está fazendo seu efeito, apesar dos rapazes dizerem que na vila existe uma ainda melhor, feita pelas xamãs da tribo.

— Está feito. — Karin avisa satisfeito, mostrando uma farta refeição, que o Rubens caçou.

Acho que posso gostar disso, e não é como se fosse ruim ter alguém para conversar.

— Será que já estou fecundada? — Pergunto ansiosa, e eles riem divertidos, Rubens abraçando o Karin pela cintura em um gestos tão natural e atencioso, que passo a desejar o mesmo com eles.

— A humana do Sedrak levou muitos ciclos para engravidar. — Rubens admitiu movendo o ombro. — Mas, já a humana do chefe, ficou logo após se recuperar do acidente. É diferente de fêmea para fêmea. Não tenha pressa, porque normalmente radinaks demoramos mesmo para conceber. — Sorriu calmo, vindo até mim e acariciando o meu rosto com carinho, que derrete e aquece meu coração, sabendo que esse sentimento apenas minha mãe me passou na vida.

Eu me sinto estranha com eles, porque nunca convivi com ninguém mais que minha mãe, e tudo o que sei estava nos livros, que agora perecem incapaz de me dizer com precisão tudo o que sinto no momento, devido a mistura intensa dentro de mim, como a sensação de calor e aconchego que senti durante a noite, envolta nos braços deles, onde até suas respiração parecia perfeitas para me embalar em sonhos.

— Só não quero interferir na vida de vocês. — Me explico nem mesmo gostando de pensar na hipótese de vê-los partir, sentindo que dois dias foram o suficiente para ficar totalmente viciada na presença deles.

— Mulher inteligente e cabeça dura. — Rubens bufou se distanciando. — Karin, explica pra ela, porque não posso fazer isso. Meu jeito de enfiar uma informação em alguém, não pode ser utilizado na nossa fêmea nesse momento, então, é melhor eu ir preparar o banho dela. — Me deu um olhar, que me fez estremecer quente.

Não foi de medo! Está bem longe disso, e minha intimidade protesta, dizendo que não estamos bem o suficiente para mais uma rodada.

— Eu mesmo posso preparar meu banho. — Declaro um pouco ansiosa para controlar esse calor constante que quase me faz pedir para que me cubra mais uma vez, talvez agora Karin, eu olho para sua barriga dura e delineada, e me imagino lambendo esse caminho até levá-lo a boca, igualmente Rubens foi forçado por ele a levar o ontem.

— Não me faça desistir! — Rubens rosnou se aproximando e penso que talvez sinta o cheiro desse meu estranho cio, que me deixa sempre úmida e desejosa por eles.

— Deixa Iana. O Rubens a maior parte do tempo é um ogro bruto. — Karin moveu os olhos em descrença, e veio sentar junto a mim. — O que queremos dizer é, que desejamos ficar aqui com você, caso aceite. Não queremos partir. — Declarou com um sorriso calmo, e pisco seguidas vezes buscando o motivo ou intenção da sua declaração.

— Porque não tem fêmea na sua vila? — Deduzi, apesar de não gostar de outra fêmea além de mim, tomando seus corpos e sua semente.

— Não. — Suspirou me olhando e pegou minhas mãos com cuidado. — porque nos se sentimos intenso por você. Sentimos que é nossa companheira.

Compa.nhei.ra?! — as palavras pela primeira vez na minha vida saem estranha.

Companheiros é algo primitivo, vindo do planeta primal onde nossos antepassados vieram, guiados pelo espírito da deusa do destino, após terem sido expulsos no planeta original, devido a uma ação impensada deles.

O SEGREDO DA MONTANHA 4Onde histórias criam vida. Descubra agora