CAPÍTULO 10 "final"

4.8K 621 78
                                    

I A N A

Minha barriga está enorme. O bebê chutou a base do meu ventre, me fazendo sorrir, acariciando o lugar. Demoramos um pouco a conceber o filhote, mas, não demorou o suficiente para nos desanimar. Quem se desanima tendo dois grandes homens dedicados e sedutores a minha disposição, para os mais devassos programas?!

Durante a gravidez tenho dias e dias, alguns que estou com um desejo que não cabe em mim, e outros estou amuada e exausta, e agora no fim da gravidez estou me sentindo renovada e meus homens em pânico, porque tive um pequeno sangramento, devido a um escorrego que levei enquanto caminhava a beira do rio. Eu sinto que meu bebê está bem, mas, no dia que aconteceu, quase entro em pânico por tê-lo sentido ficar muito tempo parado, mesmo com os chamados dos seus pais.

— Boas notícias! – Karin sorri empolgado, colocando a caça sobre a mesa de pedra.

— o que seria? – Rubens é quem pergunta, dando um beijo no rosto do loiro.

— o Handy está vindo. – Avisa e vejo uma expressão de alívio tomar os dois.

— Ele tem mandado atualizações sempre. – comento lembrando do rapazote. — Parece que está sendo tão útil na caverna. Será que era mesmo necessário fazer ele se deslocar até aqui? – Questiono nervosa, por está tirando o curandeiro de onde está a maior concentração de radinaks.

— Mais é claro que é, bebê. – Rubens diz palavras doces, com uma expressão séria.

— Ainda temos a Kammy, e ela ainda é nossa xamã. – Karin comenta calmo, lavando as mãos antes de vir me abraçar. — ele deseja estudar outros livros. Então, será mais que útil, sua vinda.

— Se ele conseguiu ajudar a pequena Luz a ter seu filhote saudável, ele será muito útil aqui, e quando for preciso, voltará a caverna central. – Rubens determina, e me rendo a sua razão com com um sorriso.

Os dois são meu coração, e levamos uma boa vida aqui, entre estudos e cotidiano, me vejo cada dia mais envolvida por nossa vida, apesar de ter um imenso desejo de conhece e conviver com outros da nossa espécie, estou acostumada a solidão da cidade e não me sinto mais tão desamparada, tendo meus machos sempre ao meu lado.

[...]

Apenas havia passado uma fase lunar – 7 dias –, e o Handy chegou a cidade, em um momento bem crucial. Estou suando muito, meu corpo todo dói e sinto que o bebê está muito parado, e isso começou enquanto dormia. Meus companheiros estão desesperados, e o Handy está invocando alguma coisa, enquanto sinto que estou praticamente sucumbindo de tanta dor.

Não quero pensar na hipótese de perder meu bebê, ainda mais quando está muito próximo ao nascimento, e isso já é o suficiente para me desesperar um pouco, e ver o quanto os meus homens parecem ter o mesmo pensamento, não ajuda muito a manter a calma.

— Ela está fraca. – o curandeiro diz com certa incredulidade. — Precisa de uma alimentação forte em ferro. Você não está comendo direito? – me olha preocupado, e encaro sem entender os motivos.

— estou. Tenho comido bastante. – Declaro e por um instante reparo que meu corpo está realmente mais magro, apesar do tamanho da minha barriga.

— Eu trouxe algumas tapela na minha bolsa, e também tem presentes que as meninas mandaram para a Iana. – Handy apontou suas bolsas, e o Karin se apressou em pegar. — Iana, essa fruta é uma grande fonte de vitaminas e nutrientes em gerais. Não sei o que está exigindo tanta força sua, mas, vamos resolver isso.

— O meu bebê está parado. – Confidencio com meu coração parecendo rachando, e ela sorri baixo, sua mão descansando sobre minha barriga e seus olhos fechando.

O SEGREDO DA MONTANHA 4Onde histórias criam vida. Descubra agora