A flor transitória

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I.
Esta flor tão bela
que agora tenho em minhas mãos,
tão vermelha e jovial
e de um aroma puro e doce,
ganhei-a de meu amor
e por isso vou amá-la.

II.
Esta flor que enverga
agora em minhas mãos,
de perfume tão discreto
e a cor já desbotada,
ganhei-a de me amor.
Por isso devo amá-la.

III.
Esta flor já velha
que carrego em minhas mãos,
de escuras pétalas mortiças
e de perfume inexistente,
ganhei-a de meu amor.
Devo mesmo ter que amá-la?

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