Regras

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Na delegacia, fora das investigações da morte da professora de cinema de Blackmore, Kirby, em um dia pouco movimentado, avista Sam, desolada, deitada na sua mesa. A loira vai à cozinha pega duas cervejas na geladeira, então volta para sala de Carpenter e entrega uma a sua colega. Então, pega uma cadeira e senta com ela.

— O que aconteceu, Sam? — Kirby abre a sua latinha de cerveja. Com olheiras profundas, a final girl levanta a cabeça, pega sua cerveja e abre.

Kirby a encara que fica quieta.

— Eu sei que você não tá assim por causa de uma professora da sua irmã. Me conta o que foi? — Kirby não aguentava ver Sam naquele estado.

— Tara e eu brigamos e a culpa é toda minha. — As palavras saiam com peso de sua boca. — Parcialmente é do ghostface, mas a maior é minha. — Ela abre a sua latinha e dá uma golada.

— Não se culpe por toda essa situação. Você não é culpada pelas ações desses doentes. — Ela conforta a amiga. Que entra nos braços da loira.

— Não é só isso. — Kirby não entende o que Sam estava querendo dizer. — Tara está magoada comigo, eu só vejo o meu lado nessas situações. Ela quer me dizer alguma coisa, mas o que?

— Ela só vai te dizer quando estiver pronta. Eu não sei o que é, mas eu já estive desse lado. Eu não conseguia me expressar sobre quão doloroso foi saber que minha melhor amiga estava tentado matar a mim e as outras pessoas. — A voz dela sai quase sem força. Sam a conforta, retribuindo o gesto, elas se encaram com semblante triste e dão aspiram o ar. Então, ambas levam a latinha até a boca e bebem.

Então para tirar o peso do clima que havia ficado as duas decidem mudar de assunto e botar o papo para fora. Dando risadas, bebendo um pouco e falando sobre bobagens.

— É muito bom saber que algum momento do dia eu posso ter um momento de paz. — Diz Sam para Kirby. Ao terminar sua frase, ela observa o movimento na delegacia e esconde as latinhas.

Kirby olha sem entender muito, aí nota os outros policiais que acabaram de chegar.

Falso alarme. Era outro departamento.

— Sam, eu vou dar meu jeito. Mesmo não estando mais oficialmente na investigação, eu vou tentar pelos meu meios descobrir quem tá fazendo isso contigo. — Samantha fica receosa quanto ao significado de "descobrir pelos meus métodos".

— Não vai fazer nada que te tire daqui. — Ela fala com firmeza se referindo a delegacia. — Eu não vou me perdoar se você perder o emprego por algo que eu causei.

— Primeiro, eu já te disse, você não causou nada. Não é você que tem que se sentir culpada. São eles. — Se referindo a todos ghostface da história, não apenas o atual.— Segundo, eu não farei nada que seja muito grave ou muito perceptível. Eu não vou tentar chamar atenção. Eu vou devagar, nas brechas.

— Se cuida Kirby, o ghostface pode descobrir o que está fazendo e tentar te matar. — Kirby assente e sai da sala.

Enquanto telefone e Sam atende temendo pelo pior.

— Alô, queria denunciar um roubo de joias. — Sam se alivia. Sussurra pra si mesma "ainda bem que não era nada", pessoa do outro da ligação escuta. — Como assim nada, roubaram meu anel de diamante.

— Desculpa senhora. Eu estava falando com uma colega, mil perdões. — Tenta consertar. — Qual é o endereço?

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