Identidades- Kiaz/Robbyguel (Concluído)

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- Nosso filho cresce cada vez mais- Robby perdeu-se olhando como seu filho ia para a escola que ignorou completamente Miguel que também estava ansioso para ver o filho ir para a escola, já que raramente conseguia

-Sim, você tem alguma coisa a fazer hoje?- Pergunta o alfa curioso olhando para o marido negar com a cabeça dele

-Não, Você vai trabalhar?

Ele quer que ele tenha, Robby precisa ver algumas pendências e com Miguel ao seu lado é só um impedimento, quase um empecilho.

-Não, mas daqui a pouco vou ver como anda o caso da...- Robby percebe como ele hesita em dizer o nome daquela mulher na frente dele

- Jessica- Então é ele quem diz, ao que Miguel acena com a cabeça envergonhada

- Achei que você não queria que eu nem disesse o nome dela - Murmura a moreno olhando para ele

Robby fica em silêncio por um momento, pensando em sua resposta.

-Só porque você tinha alguma coisa com ela, não quer dizer que eu a queria morta, eu sei que ela era sua colega de trabalho, obviamente você tinha estima ou mesmo amor por ela- Explica, pensando que Miguel amava Jéssica e isso faz seu ciúme aumentar e ele quer destruir algo

Porque Miguel não deve sentir amor por ninguém, a não ser por ele, de forma romântica.

-Eu nunca senti nada além de amizade por ela Robby- O moreno abre a porta do passageiro para ele entrar

-Por que você esclareceu isso?

-Eu só quero que você saiba- Responde ligando o motor do carro

-Para onde vamos?

- Eu vou te pagar o café da manhã- Responde, eles ficam em silêncio até que se torne desconfortável

-Foi apenas sexo ou havia sentimentos envolvidos?- Não importa que ele já disse a ela que não a amava, ele queria reafirmar, ele precisava saber que ele matou Jéssica porque ela merecia, por tocar no que era dele, els descontou nela porque por mais que ele quisesse, ele não poderia machucar Miguel

-Robby, por que você quer saber?- O Alfa tenta entender o marido que não olha para ele

-Será que não mereço saber?

Miguel permanece em silêncio e desliga o motor do carro na frente de uma lanchonete

-Foi só sexo, não houve sentimentos envolvidos- É a coisa mais honesta que pode ser dita enquanto o ômega apenas acena com a cabeça

-Bem, pelo menos você falou, você ainda me ama- Robby murmura abrindo a porta do carro sem olhar para o marido, ele está consumindo de ciúme insano de imaginar Miguel com outra pessoa

Entram na lanchonete onde vão comer, com Robby quase ignorando Miguel.

Miguel está extremamente arrependido e não sabe como resolver a situação

[...]

Demetri ouve o Alfa rosnar sempre que está perto dele.

- Por que você está rosnando como um idiota?! Me desespera!- - Ele está ciente de que qualquer coisa Eli poderia explodir e suas palavras não funcionariam mais.

-Eu sei que você está mentindo Demetri! Diga-me quem é!- Ele insiste e insiste tanto que está começando a se cansar, põe o dedo indicador e o polegar na ponta do nariz, prestes a pegar as chaves do carro para reabastecer a despensa, Eli está repetindo a mesma coisa de novo?!

- Estou seriamente chateado Eli, pare de insistir, quer que eu minta para você ficar feliz?

-Mentir?- Às vezes ele acha que o policial é burro...

- Sim, você quer ouvir que eu dormi com outra pessoa só para te fazer feliz, sinto lhe dizer que não vou, porque eu não fiz nada- Ele também pode ser bom em mentir, viu como a raiva do noivo diminui visivelmente

- Me desculpe Dem, eu estava paranóico- Confessa o olhando

Sim, paranóico de que faria o que fez com ele, de que deveria parar de se preocupar, já pagou o engano e ainda pensa em ser pago.

Shawn era o que ele precisava para continuar e não sentir vontade de matar Eli e Moon.

-Enfim, para não desconfiar de mim, venha comigo ao supermercado- Ele abre a porta do apartamento e observa o noivo pegar a carteira, calçar as sandálias e segui-lo

Com o ômega dirigindo, apenas observa Eli se sentar no banco do passageiro.

- Quero voltar aos velhos tempos Demetri, antes de ser policial- Diz o mais baixo e o ômega não olha pra ele pois está concentrado na estrada

-Eu também...

Em parte é verdade, houve um momento em sua vida em que ele amou intensamente Eli Moskowitz, naquele momento em que namoravam, ele sempre o amou, desde a adolescência foram amigos e depois em outra coisa, mas agora, ele só podia olhar com dó para quem viria a ser seu marido

Não porque ele não o amava mais, ela amava, simplesmente por causa de seu coração ferido, suas intenções egoístas sobre sua segunda vida, ele não via mais Eli Moskowitz como o homem com quem ele queria passar a vida, mas como um meio para seus fins.

De uma forma complicada ele queria Eli, à sua maneira, mas ele fez.

[...]

-Minha mãe quer ver o Anthony- Miguel comenta observando como seu marido conta enquanto ele bebe seu milk-shake de morango

-Ah sim vamos levá-lo mais tarde- Ele comenta não olhando para o marido pensando nas remessas de drogas que ele tem para enviar

-Robby, você está bem?- Pergunta preocupado com o seu esposo, Robby o olha por uns segundos antes de voltar a pensar

-Sim, tudo bem- Ele leva uma mordida de sua panqueca à boca, saboreando o gosto de mel em suas papilas gustativas- Seu cio é daqui a dois dias?

Ele se lembra disso Robby tem que inventar uma desculpa para não estar com Miguel nesses dois dias, levar o filho e ficar um pouco deprimido sozinho

-Sim, querido- Miguel viu como Robby colocou o canudo de plástico vermelho na boca

-Não poderei ser o seu parceiro nesse momento, Miguel, vou sair por motivos de negócios, por causa do seu estado não poderá cuidar da criança- Viu como seu Alfa olha para ele em choque e descrença.

-Você sairá? Mas...

- Desculpe, você pode contratar alguém ou pegar alguns supressores- Lhe dá opções

- Nem pense que vou contratar alguém, como você pode pensar isso?

-Foi só uma sugestão, esquece.

-Não Robby, você realmente achou que eu contrataria alguém para atender minhas necessidades só porque você não vai estar lá? Você acha que eu sou esse tipo de homem

Robby segurou o riso, claro que acreditou, se por simples estresse dormiu com o colega de trabalho, achava que era capaz de muitas coisas.

-Não, eu não penso assim.

Aí morreu a conversa com Robby pensando que ele deve ter respondido algo que o machucou.