Robby observa enquanto Miguel dorme ao lado dele, passando a mão pelos cabelos cacheados que parecem rebeldes aos olhos.

Um de seus dedos fica preso em um nó, ele fica lá por alguns segundos até conseguir desembaraçar o cabelo, ele retira o dedo e o coloca em sua pele morena, tomando cuidado para não acordá-lo, ele traça seu dedo na pálpebra, passando por suas olheiras, bochechas, mandíbula e finalmente para seus lábios

- Eu te amo Miggi- Ele sussurra admirando a beleza do Alfa

Ele se sente mal por às vezes traí-lo com seus negócios sujos, embora sua consciência esteja limpa por não enganar o policial com mais ninguém

Não podia dizer que Héctor Salazar não contava, aquele homem é o pai de seu marido, embora Miguel não saiba.

Ele sentiu uma pontada na consciência ao se lembrar de como ficara intimidado quando Hector o encurralou no armário de madeira, e de uma forma bizarra ele gostou daquilo porque o lembrava de Miguel, uma versão mais adulta e atraente.

No entanto, todas as lembranças dos flertes que Salazar lhe dava pareciam tão ofuscadas quando ele estava perto de Miguel.

Sem dúvida, seu marido era o único na outra parte de seu mundo, que poderia fazê-lo tremer devido à sua presença dominante, seu toque suave e ao mesmo tempo duro que o fazia estremecer e se tornar como um doce ômega submisso, algo normal. para sua casta.

Cada vez que tinha a oportunidade de acordar com Miguel ao seu lado, e abria os olhos e seus olhares se encontravam, podia sentir o profundo amor que o Alfa tinha por ele.

E às vezes isso o sobrecarregava.

Porque Miguel o amava mais do que ele o amava.

Levantou-se delicadamente da cama, vestiu a cueca, e o roupão, os chinelos nos pés, fez com que ele caminhasse devagar até a cozinha, olhou as horas, 6 da manhã.

Logo ele tinha que acordar o filho para ir à escola.

Fez o café da manhã, umas panquecas com suco de maçã, sendo Miguel intolerante à lactose, evitava ao máximo o leite de manhã.

Serviu-se de uma xícara de café fumegante e saboreou o gosto, nunca tinha gostado daquela bebida, mas tinha que ficar acordado o dia todo

Ouve um bocejo e coloca o copo na mesa.

-Bom dia Miggi- Ele exclama quando olha para o marido de roupão também esfregando o olho sonolento

- Bom dia meu amor- Diz Miguel num bocejo sonolento, aproxima-se em busca de contato com o Alfa e o abraça escondendo o nariz na curvatura do pescoço querendo cheirar aquela essência concentrada de lavanda e pinho que chegava às suas narinas e deixou um beijo provocando-lhe cócegas no moreno

- Fiz panquecas. Você vai ter tempo para o café da manhã?– Ele pergunta esperando que eles possam tomar um café da manhã em família

- Sim, tenho tempo, vou acordar a criança- Miguel pega o ômega pela cintura e coloca ele no balcão da cozinha beijando seu pescoço fazendo cócegas em Robby

- Meu Deus Miggi você não deveria me provocar se não vai continuar- Escuta enquanto o marido dele ri e coloca as mãos na cintura do homem inferior

-Aqui? E se a criança acordar?

- Podemos ficar em silêncio- A ômega sussurra, desamarrando o roupão do marido, descobrindo que ele está nu- Mmm, pronto para mim?

Ele põe a mão no membro grosso do marido e começa a acariciá-lo, desamarra a própria fita do roupão e Miguel a ajuda a tirar a cueca

- Você não tem limites, Robby?- Miguel pergunta enquanto o prepara com os dedos

- Com um marido como você, você acha que eu teria um limite?- Beija-o forte, sentindo como o Alfa o penetra- Droga, Alfa.

Robby procura por alívio rápido, sua adrenalina subia só de pensar que podem ser ouvidos ou vistos

Robby silencia seus gemidos mordendo os lábios e escondendo o rosto na curva do pescoço de Miguel

-Mostre-me seu pescoço, ômega- Ordena Miguel sentindo suas presas arderem, Robby submisso mostra seu pescoço e lentamente Miguel lambe onde está a marca da união

-Morda-me Miggi, por favor- Robby implora em êxtase e quando as presas do Alfa afundam para renovar a marca, ele abafa seu grito mordendo o tecido de seu manto.

Ele esperava que seu filho não ouvisse seus pais.

Miguel lambeu o sangue derramado e olha para os olhos de seu ômega

- Eu te amo- Miguel sussurra, beijando os lindos lábios do castanho

-Mhg eu também te amo meu amor -A plenitude que ele sentiu naquele momento foi tanta que deu vontade de chorar, a parte mais primitiva de seu lobo estava satisfeita em ter a essência de seu Alfa dentro do corpo dele

Seu lobo queria mais filhotes.

-Eu gostaria de ficar assim para sempre- Miguel confessa, ainda segurando os quadris no momento em que saiu do Ômega, pegou com as pernas

- Quero mais filhotes Alfa- Admite o ômega olhando em seus olhos

Miguel não resiste a visão magnífica que seus olhos têm e as palavras doces que chegam aos seus ouvidos, ele rosna com a ideia de ter mais filhos, seu lobo está com seu ego no céu sabendo que seu parceiro quer ter mais filhos

-Em uma semana é o meu cio, não vamos sair do quarto até que você tenha um filhote no ventre, ômega- Miguel escuta Robby ronronar com a ideia

Eles sorriem felizes por terem combinado algo e com cumplicidade o Alfa ajuda o ômega a se limpar e se vestir.

-Vou acordar a criança- Diz Miguel depois de beijar o marido

Uma hora depois, toda a família está tomando café da manhã, Robby tem aquela sensação de felicidade que raramente teve em sua vida.

Ele olha para o marido e o filho enquanto toma seu copo de suco de laranja, aqueles dois serão sua ruína.

Assim que Miguel sai para o trabalho, e ele deixa o pequeno Anthony no jardim de infância e vai para o seu destino

-Nossa, pensei que não veria essa escória novamente- Ele zomba da mulher que está amarrada à cadeira olhando para ele com olhos vidrados

Ele se encarregará de enxugar suas lágrimas.

Identidades- Kiaz/Robbyguel (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora