Robby tem duas identidades, um marido quase perfeito, vida perfeita, pai amoroso, que não precisa de nada...
E depois há a outra identidade, com mãos ensanguentadas e alma podre.
Ele é capaz de manter o equilíbrio entre as duas vidas?
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Se o mundo fosse como você, Se ao menos fosse... Você pode imaginar como isso seria lindo?
Edison Cajilima Márquez
[...]
Florença, Itália
Dois anos atrás.
O sol batendo em seu rosto começa a incomodá-lo, ele se cobre com o lençol branco que os cobre, abre os olhos lentamente e olha para o marido.
Cabelos pretos, com lindos cachos que caem sobre parte do rosto, quando ele estava com os olhos fechados seus cílios grossos lhe davam uma aparência angelical, aqueles lábios, tão beijáveis, únicos e dele
Apenas dele.
Ele sorri e se espreguiça, gostando dessa semana, sem nada que o sobrecarregue
Só ele e Miguel.
Ele boceja, levantando-se da cama, retira o lençol que o cobre, com os pés apoiados no carpete pode fechar os olhos por um momento e se concentrar no aroma de flores que está em um dos móveis.
A caminho do banho, ele pega as roupas que usará hoje.
Enquanto ele está tomando banho ouve o barulho da torneira abrindo, tudo indica que o marido se levantou
-Miguel? -Ele pergunta pelo marido ao mesmo tempo que a porta se abre
-Que desrespeito não tomarmos banho juntos- Miguel comenta enquanto entra no chuveiro
- Você dorme que nem um urso, é impossível te acordar cedo- As mãos na cintura puxam seu corpo contra um corpo muito excitado.
-Vamos aproveitar nosso aniversário do jeito tradicional- Miguel começa a beijar seu ombro onde está a mordida
-Um jantar romântico e sexo de sobremesa?
-Eu adoro essa ideia.
-Você ama tudo que envolve sexo.
- Mas só se você for a pessoa com quem estarei – Robby ri disso, aquela conversa matinal é uma maneira estranha de começar o dia.
Os dois terminam de tomar banho e se vestem.
- Minha mãe disse que o Anthony está bem- Miguel comenta, olhando para o telefone, enquanto responde a mensagem
-Pergunte para sua mãe se preciso transferir mais dinheiro para que você eles possam sair para passear e comprar algo que gostem no processo- Robby observa enquanto Miguel sorri
-Eu vou perguntar a elas.
Eles se sentem como um casal recém-casado, Robby gosta da ideia de que esta viagem é como uma lua de mel
- Eu amo como você parece esta manhã, senhor Diaz - Robby comenta ao que Miguel bufa
- Mas ainda estou de toalha
- Continuo com o mesmo pensamento.
Eles saem do modesto hotel onde estão hospedados e aproveitam para passear pela cidade de mãos dadas
Para muitos eles seriam o típico Alfa e ômega, mas eles não eram
Destinados a serem Caçador e presa, eles estavam juntos... E Miguel não era o caçador.
Mas gosta que Miguel acredite que sim, segundo o que indica a sua "Biologia", e fica feliz por ser tratado como um rei pelo Alfa.
E se lhe perguntassem que emoção ele sente agora, seria felicidade absoluta, tem outra para sentir?
Ele traz um buquê de margaridas nas mãos, enquanto outras pessoas veem, segurando o braço do marido caminham como dois amantes pelas ruas de Florença
Então, sentados em uma cafeteria, eles pedem o café da manhã.
- Você está gostando da cidade? - Pergunta Robby olhando para o celular por um momento, vendo Héctor mandar uma mensagem para ele, desligando o celular para não continuar vendo o que o homem diz
-Ela é linda mesmo, ainda não acredito que estamos do outro lado do continente- Miguel expressa tomando seu café
-Devíamos visitar um país todos os anos, não acha?- Miguel parece surpreso com a proposta
-Você está mesmo dizendo isso?
-Parece que estou brincando?
O Alfa fica em silêncio e toma um gole de seu café
-Querido, podemos visitar o Equador ano que vem? -Pergunta Miguel com um sorriso tímido
-Sim- Robby não gostava de negar algo para Miguel.
As ruas são lindas, ambos gostam da paisagem e das pessoas.
-Se eu tivesse a oportunidade de morar aqui, o faria imediatamente- Comenta o Ômega com voz cantante.
Miguel concorda com o marido, eles passam a tarde visitando todos os lugares que podem.
Eles chegam cansados ao quarto do hotel, mas um certo Ômega observa o marido tirar a camisa, todos os botões um por um.
-Se tivéssemos outro filho, eu gostaria que fosse uma menina, eu a chamaria de Bianca- Robby está deitado de bruços na cama, com braços e pernas estendidos em formato de estrela do mar
-Bianca? Gosto muito desse nome, na verdade deveríamos ter cinco filhos - Exclama Miguel se divertindo ao puxar Robby pelos pés, fazendo-o soltar um grito.
Naquela noite, Robby poderia esquecer tudo, concentrando-se no marido.
