DESPERTAR

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Despertar
de
Menelak
e seu exército

Ano 1987
do Despertar
dos Elfos;

4891 do
Grande Sono

          Se algum ser vivo fosse capaz de desbravar uma região tão hostil e mortal como esta, poderia contemplar um magnífico céu azul turquesa pairando sobre um deserto cinzento, preenchido por um silêncio profundo e aterrador, existente apenas nos recantos do mundo onde não há um ser vivo sequer em um raio de muitas milhas, apenas uma areia fina e escura, semelhante a cinzas, até onde a vista alcança e muito além.

        Se algum ser vivo pudesse chegar tão longe, veria no céu muitas testemunhas: o potentoso disco solar e uma enorme Lua Branca dominando o zênite celeste, veria uma Lua Negra como a noite no horizonte leste, sendo a menor das três luas, e no horizonte oposto veria a Lua da contagem das estações. Veria em poucos minutos o Sol se deslocar rumo ao ápice e as bordas dele e da enorme Lua se encontrarem, formando um oito e repentinamente fortes ventos começarem a rugir pelo deserto, criando um redemoinho de areia e este perturbar a placidez e o silêncio abismal do deserto, carregando grandes porções do pó fino e após soprar metros de areias, revelar dezenas de estátuas humanas negras. Logo poderia ver, entre as areias escuras, cerca de uma centena de estátuas emergindo sincronicamente entre o forte redemoinho de areia e relâmpagos. Mas não havia ninguém para ver. Todas as estátuas por fim emergiram por completo, ficando totalmente à mostra e firmemente de pé. Erguidas em uma mesma linha horizontal como um exército. Elevavam-se, libertando-se da areia lentamente. Levitando magicamente um pouco acima da areia.


         Repentinamente a luz do sol e da lua parecem fundir-se e irradiar uma luz azulada e poderosa em cada uma das estátuas, imediatamente cada uma dá lugar a um magnífico guerreiro de pele bronzeada e vestindo majestosas armaduras douradas.

         Alguns estavam gravemente feridos e logo que se transformaram caíram agonizantes na areia. Alguns tinham gravíssimos ferimentos de corte ou esmagamento e sangravam o estranho sangue. Devido a dádiva e à sua origem na Era da Aurora o sangue deles era azul: índigo de suas veias e turquesa de suas artérias. E assim sendo, e estando de posse de nectares sagrados, em horas estariam perfeitamente bem.

        Alguns empunhavam espadas e escudos, ainda manchados e pingando sangues variados: vermelho, roxo, negro e o divino sangue dourado.

         Um dos altivos guerreiros feridos erguia uma tocha e no instante que adquiriu carne e ossos, o fogo nela se ascendeu e era violeta. O guerreiro era imponente, de rosto austero, olhos dourados em um olhar firme e gélido. Aparentava cerca de sessenta anos, mas era muito, muito mais velho. E caso se contasse sua idade a partir do dia em que nascera, seria um ser milenar.

 E caso se contasse sua idade a partir do dia em que nascera, seria um ser milenar

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