História dos tempos antes do poderoso Império de Drak'Nazit e de como se deram as batalhas pela conquista do palácio dos deuses e a forja do Império mais poderoso do mundo.
1.800 anos antes dos eventos de Relíquias Svekkrön, Svak e Niat.
Acompanhamo...
Uma brisa suave acariciava os galhos das árvores enquanto o sol se punha no horizonte, tingindo o céu com tons de laranja e rosa. Menelak estava sentado observando a tocha sagrada com tom melancólico e um forte aperto no peito. Sua mão esquerda doía e o irritava cada vez mais. Por vezes à noite o incomodava e inúmeras vezes o acordava em meio a espasmos, tremores, árvores e movimentos involuntários.
Estava absorto em insondáveis pensamentos, quando uma águia majestosa piou acima dele no bosque e mergulhou, pousando suavemente diante dele. Os olhos da águia tinham um mágico brilho azul esmeralda. Em suas garras viu um pergaminho e imediatamente vieram a sua mente primeiro o Rei Élfico Shandroyax, depois Arlek e por fim e muito frágil, uma esperança de ser uma mensagem de Yrdu.
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Com mãos trêmulas, ele desenrolou o pergaminho e leu apressado as palavras escritas em élfico numa caligrafia apaixonante e clara como as estrelas. Seu coração enregelou e estremeceu enquanto as palavras penetravam sua mente. A traição de Arlek era uma ferida profunda, uma sombra que obscurecia a luz de sua esperança, alegria e fé.
— Como isso pôde acontecer? — ele murmurou para si mesmo, sentindo o peso da responsabilidade sobre seus ombros.
Procurando conforto e orientação, Menelak buscou a sabedoria de Gerusa.
Ela leu cada linha, transparecendo na face sua fúria e desprezo a cada palavra.
— O destino de Arlek está selado pelas escolhas dele, pelas marcas de arrogância e soberba que o corromperam ele deve morrer! Não será mais chamado assim, será Arl'warák.
— Mãos das trevas!
As lágrimas brotaram nos olhos de Menelak, uma mistura de tristeza e temor pelas traições que poderiam ainda surgir, maculado sua alma gentil e bondosa. Mas ele sabia que era hora de agir. De demonstrar firmeza diante da adversidade. Erguendo-se com determinação, convocou os guerreiros Nay'Zays para uma reunião urgente.
Com voz firme e olhos ardentes, Menelak expôs a situação, exigindo lealdade absoluta à causa de Dag'Amel. Ele ofereceu uma escolha clara: permanecer ao seu lado e reafirmar os juramentos sagrados, ou partir e seguir seus próprios caminhos, abandonando para sempre a missão que os unira. O título de Nay'Zays, o contato com os humanos comuns e suas armas e armaduras.
— Juramos nossa devoção a Dag'Amel e a Menelak! — gritaram os guerreiros em uníssono, seus olhares determinados refletindo a chama da verdadeira devoção.
Com o coração pesado, Menelak aceitou seus juramentos, mas não pôde evitar uma última advertência solene:
— Se algum de vocês ousar trair nossos ideais sagrados, serão caçados até os confins da terra, até que a justiça de Dag'Amel os alcance, mesmo que tenham que ser levados ao próprio inferno. E eu amaldiçoo aquele que trair Dag'Amel por qualquer motivo ou ignorância. Que seu espírito seja entregue aos domínios Howaráks ao invés do paraíso secreto.
E assim, com o peso da traição sobre seus ombros e a determinação ardente em seus corações, os guerreiros Nay'Zays partiram.
