Ponto de paz

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Bárbara

O dia seguinte não poderia ter amanhecido melhor. Quando olhei através da janela pude ver que a neve diminuiu consideravelmente, acredito que seja possível sair na rua. Quero dar uma volta, estou cansada de ficar em casa.

Minha esposa continua dormindo, tive muito cuidado ao sair da cama para fazer minha higiene matinal antes de sair do quarto e vir preparar nosso café da manhã. Irei levar na cama para ela, minha mulher está merecendo ser mimada.

–  Não acredito que você levantou antes de eu acordar você.

Resmungo ao voltar para o quarto e me deparar com a cama vazia e a porta do banheiro aberta.

Ouço o som da descarga e então a torneira da pia, e em seguida ela saiu do banheiro, com o rosto amassado e os cabelos levemente bagunçados. Como consegue ser linda até mesmo assim?

– Inclusive precisamos conversar sobre o fato de você levantar da cama e me deixar sozinha.

Ela também resmunga ainda meio grogue, caminhando de volta para a cama e jogando-se na mesma. Sorrio para seu jeito rabugento, antes ela não reclamava, mas agora que estamos cada vez mais próximas de novo sua liberdade para fazer reclamações voltou. Deixo a bandeja com nosso café sobre a mesinha de canto, subindo no colchão e chegando perto dela.

– Eu fui preparar nosso café da manhã, ranzinza.

– Pois você acabou de ser perdoada. - Ela rapidamente ergue a cabeça, com um enorme sorriso em seu rosto, e como se fosse ativado, o estômago dela faz um barulho alto.

– Viu? O Junior também concorda comigo.

– Melhor alimentarmos esse monstrinho antes que ele nos coma. - Brinco e solto uma gargalhada. Viro-me para pegar a bandeja e a coloco entre nós duas, quando olho para ela a vejo com uma expressão sem vergonha no rosto. – O que foi?

– Ele não pode te comer, mas eu posso.

– Macarena!

Exclamo horrorizada com seu comentário. Ela caiu sobre a cama gargalhando, divertindo-se.

– Desculpe, eu estou brincando, mas não podia perder a piada.

– Toma aqui, come e para de falar besteira. - Pego uma torrada e passo um pouco de geléia de morango, levando até ela que rapidamente abre a boca para recebê-la. – Ocupe sua boca com isso e chega de piadas.

Ela faz sinal de rendição enquanto mastiga, soltando um gemido como forma de aprovar o sabor que está em sua boca. Fico satisfeita por ela ter gostado da geléia que eu mesma tive o trabalho de fazer.

– Eu amo essa sua geléia. Barbie?

– Hm?

Como uma torrada também, deliciando-me com aquela maravilha. Eu sou uma ótima cozinheira mesmo, tenho orgulho dos meus dons culinários e não amasse tanto a dança, com certeza seria uma chef de cozinha.

– Me dá mais, por favor.

Olho para ela que está fazendo cara de cachorro pidão e reviro os olhos.

– Vou ter que te dar comida na boca agora?

– Sim.

– Está muito folgada.

– Você é minha esposa, um dos seus trabalhos é me mimar.

Mesmo tendo reclamado, eu não deixo de alimentá-la porque minha intenção era mimá-la mesmo que ela se aproveite disso. Mas Macarena realmente merece todo esse bom tratamento pela mulher incrível que mostra ser cada vez mais.

Stupid Wife - BarbarenaOnde histórias criam vida. Descubra agora