CAPÍTULO 13

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Thomas May

Murros na porta e a campainha barulhenta não paravam de ecoar pelo apartamento, fazendo com que eu despertasse. Meu pescoço mal se movia e meu braço estava adormecido pois dormi a noite toda encima dele. 

Destranco a porta e dou de cara com a pesquisadora Bianchi... MEU DEUS, A PESQUISADORA BIANCHI!!! 

— AAAAAAAAAH! – ela grita assustada. 

— AAAAAAAAAAH! – devolvo o grito também assustado. 

— O QUÊ QUE VOCÊ TÁ FAZENDO AQUI?!?! 

Ela desvia de mim e passa pela porta. 

— É... não é isso que você tá pensando! Eu juro! 

— Cadê a Mia? O que você fez com ela ontem hein?

— No quarto...

— Olha aqui Sr. May, não pense que por seres o nosso superior você pode sair fazendo esse tipo de coisa, e aliás, a Mia nem gosta de você, certza que a drogou para poder levá-la para cama. – diz olhando no fundo dos meus olhos bem perto de mim. 

— Veja bem Srta. Bianchi, eu sequer encostei o dedo nela ontem, se não fosse por mim ela provavelmente estaria desaparecida, ou sequestrada ou Deus sabe lá o quê. Eu a trouxe para cá e a coloquei em sua cama em segurança, apenas isso. Podemos não nos gostar, porém sou um homem com um mínimo de empatia e sabia que ela não estava apta para voltar para casa bêbada e vulnerável, podendo ser estuprada ou morta naquelas ruas de Londres às 23h da noite por um imbecil qualquer.

Ela me analisa e pensa em algo para falar. 

— E por que está sem camisa? 

— Ah claro, talvez porque a SUA amiga vomitou em mim!

Francesca apenas estreita seus olhos me analisando mais um vez e logo depois vai em direção ao quarto onde Mia dormia profundamente.

— Mia, acorda! – abre as cortinas do quarto e a desembrulha. 

— Hum...

— ACORDA!

— Ai, minha cabeça dói...

— Será por qual motivo senhorita? 

— Qual? – questiona descaradamente colocando seu travesseiro no rosto, se protegendo da luz do dia. 

— Você sabe muito bem. Vamos, levanta, estamos MUITO atrasadas!

— Na verdade vocês podem faltar hoje, fica aqui cuidando dela, a ressaca tá forte aparentemente. 

— Obrigada sr. May... me desculpe por ter sido indelicada com você, eu estava apenas preocupada com essa sem noção.

— Tudo bem, e por favor, fora do laboratório sou apenas Thomas, seu vizinho e melhor amigo do seu namorado.

— Como? 

— Ele não te contou né? Aquele branquelo me paga... 

— Meu Deus, então você é o Thomas de quem ele fala!

— Espero que bem. – rio.

— Muuuito bem.

— Duvido, mas enfim.

— Você vai na viagem amanhã?

— Sim, espero você e... ela amanhã de manhã. – desvio o olhar para Mia, que voltara a dormir profundamente com a boca semiaberta.

— Tenho que convencê-la primeiro... – coça a bochecha.

— Eu vou indo nessa, estou extremamente atrasado. Até amanhã.

No Ritmo do AmorOnde histórias criam vida. Descubra agora