Thomas May
Murros na porta e a campainha barulhenta não paravam de ecoar pelo apartamento, fazendo com que eu despertasse. Meu pescoço mal se movia e meu braço estava adormecido pois dormi a noite toda encima dele.
Destranco a porta e dou de cara com a pesquisadora Bianchi... MEU DEUS, A PESQUISADORA BIANCHI!!!
— AAAAAAAAAH! – ela grita assustada.
— AAAAAAAAAAH! – devolvo o grito também assustado.
— O QUÊ QUE VOCÊ TÁ FAZENDO AQUI?!?!
Ela desvia de mim e passa pela porta.
— É... não é isso que você tá pensando! Eu juro!
— Cadê a Mia? O que você fez com ela ontem hein?
— No quarto...
— Olha aqui Sr. May, não pense que por seres o nosso superior você pode sair fazendo esse tipo de coisa, e aliás, a Mia nem gosta de você, certza que a drogou para poder levá-la para cama. – diz olhando no fundo dos meus olhos bem perto de mim.
— Veja bem Srta. Bianchi, eu sequer encostei o dedo nela ontem, se não fosse por mim ela provavelmente estaria desaparecida, ou sequestrada ou Deus sabe lá o quê. Eu a trouxe para cá e a coloquei em sua cama em segurança, apenas isso. Podemos não nos gostar, porém sou um homem com um mínimo de empatia e sabia que ela não estava apta para voltar para casa bêbada e vulnerável, podendo ser estuprada ou morta naquelas ruas de Londres às 23h da noite por um imbecil qualquer.
Ela me analisa e pensa em algo para falar.
— E por que está sem camisa?
— Ah claro, talvez porque a SUA amiga vomitou em mim!
Francesca apenas estreita seus olhos me analisando mais um vez e logo depois vai em direção ao quarto onde Mia dormia profundamente.
— Mia, acorda! – abre as cortinas do quarto e a desembrulha.
— Hum...
— ACORDA!
— Ai, minha cabeça dói...
— Será por qual motivo senhorita?
— Qual? – questiona descaradamente colocando seu travesseiro no rosto, se protegendo da luz do dia.
— Você sabe muito bem. Vamos, levanta, estamos MUITO atrasadas!
— Na verdade vocês podem faltar hoje, fica aqui cuidando dela, a ressaca tá forte aparentemente.
— Obrigada sr. May... me desculpe por ter sido indelicada com você, eu estava apenas preocupada com essa sem noção.
— Tudo bem, e por favor, fora do laboratório sou apenas Thomas, seu vizinho e melhor amigo do seu namorado.
— Como?
— Ele não te contou né? Aquele branquelo me paga...
— Meu Deus, então você é o Thomas de quem ele fala!
— Espero que bem. – rio.
— Muuuito bem.
— Duvido, mas enfim.
— Você vai na viagem amanhã?
— Sim, espero você e... ela amanhã de manhã. – desvio o olhar para Mia, que voltara a dormir profundamente com a boca semiaberta.
— Tenho que convencê-la primeiro... – coça a bochecha.
— Eu vou indo nessa, estou extremamente atrasado. Até amanhã.
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No Ritmo do Amor
Storie d'amoreNo ritmo do amor conta a história de dois biomédicos e músicos, Mia Clark e Thomas May, que por um acidente do destino se conhecem da maneira mais inesperada e caótica possível, e que depois disso nunca mais pararam de se esbarrar, porém, mal sabiam...