Capítulo 24

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(Sarah Pov's)

Abri os olhos com dificuldade, meu corpo todo doía.
Meu lábio estava cortado, e haviam diversos hematomas no corpo, e sangue por todo vestido.
Eu tinha náuseas, mas não havia nada em meu estômago para vomitar.
Encostei a cabeça na parede e olhei para a janelinha, estava escuro.
Como eu queria que fosse a última noite.

- aqui. - um outro homem me entregou um prato, esse era diferente, tinha medo na voz, estava assustado

Ele me entregou e subiu, havia um pão, seco, e um copo d'água, uns 500ml, comi o pão devagar, tentando enganar meu estômago e bebi a água rapidamente, tentando cessar minha sede.
Não me senti melhor, mas consegui um pouco de força.

Logo vários ratos vieram comer os farelos do pão, eu não tinha medo, algo que eu não perdi da minha memória, foi a minha infância.
Lembro-me de já ter que dormir em uma casa abandonada na rua, e haviam muito mais ratos ali, o dobro, baratas e até escorpiões....
Algum milagre me salvou aquela noite, e eu espero que algum milagre me salve daqui, ou....que Deus me leve.

Depois de algumas horas a fome voltou, e parecia mais forte, eu também já passei fome quando pequena, é algo que não desejo a NINGUÉM.

(Isabela Pov's)

Estávamos no batalhão do bope, praticamente todos os dias, giovanna se pudesse dormia ali.
Não tínhamos muitas notícias, e quase não víamos samuel, ele estava em total desespero.

Sabíamos que ela estava viva.
A polícia agora estava trabalhando para saber onde e com quem.
O que é bem mais difícil, quando só temos a placa do veículo que ela entrou há 1 mês.

Um mês, o mês mais complicado das nossas vidas, giovanna chorou todas as noites, samuel sumia e aparecia cada vez pior, a confusão em seus olhos era assustadora, ele matou o sequestrador sem piedade, com a frieza que ele sempre teve na adolescência.

E eu, era o apoio, nunca fui amiga de sarah, mas agora, tudo que eu desejo, é que ela volte, volte bem e viva.
Ele daria tudo por ela, e isso é assustador para artur, ele teme pelo poder e herança da família borussi, que está nas mãos de Samuel.

Estávamos sentadas na recepção do batalhão, esperando algo, não sei o que exatamente.
O batalhão já foi em praticamente todas as favelas do rio de janeiro, Samuel agora detém o cargo de oficial superior, ele quem manda em tudo, e não da descanso a ninguém, todas as noites esses policiais sobem morros diferentes, meu medo é que ela não esteja mais no rio.

Giovanna adormeceu de cansaço, encostando a cabeça em meu ombro.
Acariciei levemente suas mãos frias e agora um pouco esquias, ela não estava comendo bem, perdendo peso, e agora comecei a fumar muito.

É um verdadeiro caos.

O.P FLOR 2 - BOPEOnde histórias criam vida. Descubra agora