Capítulo 26

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(Giovanna Pov's)

Meu corpo estremeceu e meus olhos se encheram de lágrimas quando a esperança se esvaiu.
Nada, não encontravam nada.
Voltei pra sala chorando e meus olhos cruzaram com o do moço que também chorava.

Nossas almas se cumprimentaram, talvez.

Me aproximei dele, com cautela e me ajoelhei, pois ele estava de joelhos no chão.

Giovanna: por favor.... - olhei em seus olhos - ela esta aqui?

Ele desviou o olhar....e assentiu com a cabeça, prendi a respiração

Nikola: embaixo do carro velho...há um outro porão - ele sussurrou - me ajude quando encontrar ela, eu não quero morrer

Giovanna: você não vai, acredite em mim - me levantei rapidamente e fui a procura de Samuel.

Corri desesperada naqueles corredores, me faltou fôlego, minhas pernas queimavam e meu pulmão também, mas eu tinha que continuar, fiquei tonta e quis cair, mas permaneci, gritando o nome de Samuel.

Assim que encontrei ele, estava segurando o loiro pelo pescoço, que já estava roxo e sem ar, não pude impedir.
Ele o matou, com dois tiros.
O sangue escorreu pra todo lugar, o chão branco tornou-se vermelho, ele largou o corpo do homem e olhou pra mim.

Fiquei sem ar, paralisada.
Eu vi algo muito ruim em seus olhos.
Ele tinha o demônio em seus olhos.
Senti toda a queimação subir pela garganta.

Giovanna: embaixo do carro velho, tem um porão

Antes que ele pudesse reagir, sai correndo em direção a esse porão, na frente dele, fraca e com medo, com medo de achar algo pior.

Eu não tinha como empurrar o carro, então rastejei por debaixo dele e entrei quase deitada no porão, assim que consegui me estabilizar, fiquei em pé e desci correndo.

Sarah!
Me joguei no chão ao seu lado, ela estava machucada, com o lábio ferido e nada saudável, não estavam alimentando ela, e haviam ratos, não me importei.

Giovanna: sarah, acabou, eu cheguei - balancei ela, acordando a garota

Sarah: gi... - ela sorriu, meu deus, ela sorriu, isso me curou

Giovanna: você tá salva agora, me desculpa sarah, me desculpa - abracei ela com cuidado.

Não tivemos muito tempo de paz, depois de alguns minutos vários policiais desceram, e samuel, com o rosto um pouco sujo de sangue, os cabelos bagunçados e uma chave coberta de sangue nas mãos, a chave para tira-la dali.

Sarah desmaiou, talvez de fome, talvez cansaço, ou dor.
Ela foi levada ao hospital e eu insisti em ficar, eu e samuel.
Não podíamos fazer muita coisa além de esperar agora, a parte mais difícil passou.

Eu espero.

O.P FLOR 2 - BOPEOnde histórias criam vida. Descubra agora