𝟘𝟠. ℝ𝕙𝕒𝕖𝕟𝕒

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A rainha sabia que se sua filha já não tivesse nascido em meio a um clima quente e esfumaçado, provavelmente Visenya teria problemas respiratórios. A fumaça trazida pelos ventos do mar da Baía do Água Negra eram terríveis de respirar. Principalmente para as pessoas que não estavam acostumadas com o clima em Dragonstone.


Visenya e a guerra completavam meio ano. Fazia meio ano que Rhaenyra não via seu marido, fazia quase meio ano que ela não via seus filhos, sua enteada e fazia três meses que ela não via seus filhos mais velhos e sua outra enteada.


Rhaenyra recebia as notícias das Terras do Oeste. Ela sabia que Lucerys e o exército do Vale estavam vencendo e descendo para o Sul, rumo à Oldtown. A rainha também sabia que a batalha marítima entre os Velaryon e os Lannisters havia se complicado com a chegada da Triarquia ao lado dos Lannisters. Larys Strong casou-se com a filha do almirante da Triarquia, como modo de forjar uma aliança entre eles e os Verdes.


A irmã caçula de Larys fugiu da Capital e foi para o Vale de Arryn, abrigar-se no castelo da família Redfort.


Aemond e Criston Cole estavam comandando Harrenhal. Daemon e todos os exércitos haviam deixado o castelo e Simon Strong para trás com seus netos, menos a neta mulher, que Daemon levou como refém, caso Simon ousasse qualquer coisa contra eles.


O som estridente do choro de Visenya era a sinfonia da manhã da rainha. Essa não era uma situação desconhecida, ela sabia que sua filha chorava pelas dores que o primeiro dente causava para nascer. E outra prova disso, era que Visenya estava mordendo demais o bico de seus seios ultimamente e até causava sangramentos em Rhaenyra.


— Konīr iksis daor skoro syt naejot limagon, ñuha rūs – A rainha dizia, segurando as mãos de sua filha, enquanto se balançava com ela em suas pernas numa cadeira de balanço na varanda de seus aposentos.
(Tradução: Não há porquê chorar, meu bebê)


— Ela tem pulmões potentes – A rainha olhou para o quarto e viu Jocelyn entrando, ao lado de seu guarda – por incrível que pareça, Rhaenys nunca chorou quando os dentinhos dela começaram a nascer – a velha sentou-se na cadeira ao lado – já Laenor... abriu o berreiro por semanas


— Minha mãe contava que eu nunca chorei tanto também... – Rhaenyra balançava-se com impulso de suas pernas, que estavam sobre a mesinha da varanda.


— Então, suponho que esse choro venha da parte do Daemon – Brincou o guarda, Rhaenyra olhou para ele e riu – sempre suspeitei que ele era um bebê chorão – Joffrey provocou e a rainha riu.


— A que devo a visita? – Rhaenyra olha para Jocelyn. Ela sabia que sua Mão só vinha tão cedo assim, quando trazia notícias consigo. E dessa vez não era diferente. A velha respirou fundo, abaixando a cabeça levemente e pegando a carta de sua manga, entregando para a rainha.

𝐄𝐜𝐡𝐨𝐞𝐬 𝐨𝐟 𝐭𝐡𝐞 𝐃𝐫𝐚𝐠𝐨𝐧 - 𝐏𝐫𝐢𝐧𝐜𝐞𝐬𝐚 𝐕𝐢𝐬𝐞𝐧𝐲𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora