Capítulo 7

328 7 2
                                    

Mari 💗

📍Barra da Tijuca, Rio de Janeiro
Domingo (07:40 am)

Entrei em casa com o João Paulo e minha mãe estava sentada com as pernas cruzadas, no sofá.

Pela a cara que ela estava, com certeza já estava sabendo que eu não dormir em casa.

Minha mãe sabe literalmente de cada passo que eu dou, sem exagero.

Eu nunca me importei sobre ela ser muito protetora, somos só nós duas, sempre foi. Então, dá pra entender o motivo dela ser assim.

Sempre andei na linha, poucos amigos, não frequentava festas, nunca namorei... tanto pelo o fato de eu ser cristã, quanto pelo o fato que mãe sempre me mostrou que podemos ser felizes sozinhas, ter uma a outra já era o suficiente, e até então nunca me importei com isso.

Marcela: Onde você tava? - Se levantou do sofá.

Mari: Mãe... - Olhei para o João Paulo.

Marcela: Quem é esse menino? Mariana, o que está acontecendo com você, filha? - Colocou a mão na cabeça.

Mari: Por favor, vamos conversar outra hora. - Dei de ombros e fui para o meu quarto.

Ao mesmo tempo que eu estava feliz por o L7 está vivo, estava furiosa de está sendo obrigada a mentir pra minha mãe por conta dele.

Marcela: Mariana, abra essa porta agora, antes que eu a derrube! - Gritou por detrás da porta.

Coloquei o João Paulo que estava dormindo na cama e fui abrir a porta.

Caminhei com ela até a sala e esperei ela falar alguma coisa, mas ela só fazia me olhar com o maior desgosto.

Mari: Ele é filho da minha colega da faculdade. - Falei tirando silêncio que estava prenetado naquela sala.

Marcela: Onde você passou a noite? - Sentou novamente no sofá, na mesma posição de antes.

Mari: É... na na casa dessa minha colega. - Gaguejei.

Eu sentia que a qualquer momento meu coração ia sair pela boca, minhas mãos estava geladas e eu estava com medo daquele olhar frio que estava no rosto da minha mãe.

Marcela: Mariana, me fala, no que eu errei? Fala! - Começou a chorar.

Eu vi meu mundo desabar. Não tinha ideia do que ela estava sabendo, mas de uma coisa eu tinha certeza, isso já era o suficiente para ela ter o maior desgosto da vida dela.

Mari: Em nada... mãe, por favor... - Falei cabisbaixa.

Marcela: Desde quando você se encontra com aquele bandido? - Se levantou do sofá.

Eu comecei a chorar.

Mesmo não tendo absolutamente nada com ninguém, está tendo essa conversa já estava me fazendo se sentir a pior filha do mundo.

Marcela: Fala! Assume as coisas que você faz, Mariana, nem que seja pelo o menos uma vez na vida. - Colocou o dedo na minha cara.

Mari: Eu não tenho nada com ninguém, eu só ajudei ele, só isso.

Marcela: O teu pai falou que tu tava subindo aquele morro. - Colocou a mão na boca.

Nessa hora ela tinha se dado conta da merda que tinha falo.

Ela dizia que não via meu pai desde o dia que descobriu que estava grávida de mim, que não tinha nenhum contato com ele. Como assim o meu pai sabe? Como assim ela sabe? Que caralho ta acontecendo?

Mari: Como assim meu pai falou? Desde quando você tem contato com ele? - Olhei pra ela assustada. - Você mentiu pra mim todos esses anos? - Estava totalmente focada no assunto, quando sinto uma mão pesada na minha cara. Sim, era a mão da minha mãe.

Coloquei a mão no rosto e as lágrimas começaram a escorrer.

Marcela: Eu tenho contato com ele desde quando eu descobrir que a qualquer momento eu posso te deixar no mundo sozinha. Para de ser egoísta! Para de achar que eu sou forte! Mariana, olha pra mim - Continuei cabisbaixa. - Olha! - Olhei pra ela. - Eu não sou aquela mulher que eu dizia que era, eu não posso te proteger a vida toda, minha princesinha... - Me abraçou. - Eu tô morrendo, Marizinha... - Disse soluçando.

Mari: Mãe, o que você tá falando? - Segurei no rosto dela. - Mãe...

Ela passou os seus dedos delicados pelo o meu rosto e me deu um beijo na testa.

Marcela: Eu não queria te falar isso, mas depois disso tudo, eu preciso te falar, na verdade, eu preciso te preparar mais do que nunca pra esse mundo. - Deu uma pausa. - Eu estou com câncer. - Olhei pra ela assustada.

Como assim a minha mãe tá com câncer? Como assim? Não pode ser!

AMOR PROIBIDO - O encontro.Onde histórias criam vida. Descubra agora