Olá queridxs, estão bem? Espero que sim.
Passei agora por aqui para deixar recados:1- esse capítulo é um especial, que fiz pra comemorar por eu ter chegado até aqui, obrigada a todos que lerão.
2- então esse capítulo se passa no passado, é tudo no passo, não se confundam. E também coloquei as datas para que vocês, novamente, não se percam.É isso, só pra deixar claro, para uma leitura melhor. Beijos, boa leitura.
* * *
(Narradora)
Setembro de 2002-
-Então prova que me ama. Eu estou cansada de lutar por algo que não parece ter importância para você, por nós! -Os olhos tremiam tentando se manter secos, porém logo se enchiam de lágrimas.
Simone se manteve do mesmo modo, encarando um ponto atrás da loira que implorava por uma demonstração de importância. A morena temia a olhar, sabia tanto de si que se a visse chorar por ela, nunca mais se perdoaria.
Em meio ao suspiro pesado e de derrota, os lábios enfim diziam: -Eu também estou. Isso cansa, amar me cansa. Tudo, literalmente, tudo parece estar contra essa relação. E você…não parece entender.
-Você está cansada de me amar? -Com surpresa em sua expressão e voz, a loira sussurrou repetindo e a questionando.
Soraya travou sua mandíbula, séria, ela tentava controlar as lágrimas que agora caíam, suas mãos em vão tentavam secá-las.
-Me responde! - A voz saiu raivosa, porém falhando no fim com o soluço escapando.
Soraya se aproximou da mulher que processava suas próprias palavras, a aluna de direito segurou o queixo da mais alta, fazendo-a abaixar a cabeça e encarar as íris que sempre vira brilho, menos naquele momento.
Simone jamais se perdoaria por ver aquilo.
-Não, não foi isso que eu disse–
-Você disse que amar te cansa, se você me ama, então, está cansada, e se não estiver…-Sorri sem qualquer humor, mas sorri tirando suas próprias constatações. -É por que não me ama.
-Qual das opções é a verdadeira? -Recebendo somente o silêncio, tratou de se vestir rapidamente e pegar sua bolsa caída no chão, ao lado de uma foto delas somente de blusa.
Caminhando rumo a porta, ela ouve os passos apressados, virando-se sente seu braço ser tocado com uma mão fria e pálida, se não ouvisse sua respiração ofegante perguntaria se estava morta.
-Vamos conversar. Deixe eu te explicar…-Simone enfim deixava que suas emoções fossem visíveis, mas era tarde demais para o peito apertado da loira.
-Eu tentei, você sabe. Tudo o que você fez foi ficar comigo mesmo estando assim, se sentindo desse jeito. -Ela retirou a mão de Simone de seu braço, colocando algo gélido na palma da mão e a fechando. Dando os passos para fora do apartamento, para fora, teoricamente, da vida de Tebet. -Eu não sou um peso que deve carregar, e quando notar isso, será tarde.
A porta é fechada pela mulher mais nova, mesmo permanecendo do outro lado da porta, ambas não tiveram coragem de falar, de tentar. Uma porta, fina e de madeira, separava dois mundos que agora se afastaram.

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Destino: Simone & Soraya
Любовные романы"O destino é entendido como uma sucessão inevitável de acontecimentos que estejam relacionados a uma ordem cósmica. Por isso, de acordo com essa ideia, ele é o responsável por conduzir a vida das pessoas de acordo com uma ordem natural, da qual nada...