JOGO DUPLO

Capítulo 5

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AVISO
Caros leitores, a partir desse capítulo as narrativas vão ficar cada vez mais pesadas por se tratar de um dark romance. Já aviso que pode conter alguns gatilhos.

Boa leitura🕵️‍♀️❤️

O frio percorre meu corpo, cortando-me como lâminas afiadas. Eu sou uma agente secreta, acostumada a enfrentar perigos, mas dessa vez, eu estou enfrentando meu maior desafio: meu próprio marido, o homem que agora se revelara meu inimigo.

Olho ao redor, tentando entender melhor onde me localizo. Estou deitada em uma cama confortável e em meu corpo há alguns fios ligados ao monitor atrás da cama. Logo a frente, vejo várias telas de computadores, as imagens são diversas. As paredes são de concreto áspero e sem janelas, sugerindo que eu esteja em algum tipo de porão subterrâneo.

Meu marido ainda na minha frente, me olha de uma forma que faz meu coração acelerar.

Seu rosto acaba ficando a centímetros do meu, um sorriso malicioso estampa seu rosto. A adrenalina corre em minhas veias, enquanto minha mente tenta decifrar os motivos por trás de sua traição.

— O que você quer comigo?— Questiono sentindo minha voz trêmula. Meu olhar se fixa no rosto de meu marido, repleto de sombras e segredos que eu desconheço. Eu preciso entender, preciso saber o que ele quer.

Seus olhos esmeraldas me analisam com cautela ocultando uma intensidade que eu não consigo decifrar. Um sorriso enigmático dança em seus lábios enquanto eu espero ele me responder.

— Qual é o seu plano, Killian? Me manter presa em troca de que? — Como não obtive minha resposta, eu o provoco olhando em seus olhos com um olhar desafiador.

Por mais que vários calafrios percorram pelo meu corpo, eu me mantenho firme, a raiva borbulha dentro de mim.

Ele me encara por um momento, seus olhos frios e calculistas. Uma sombra de nostalgia passa por seu rosto antes de ele responder, com um tom de amargura em sua voz:

— Você está enganada, docinho.

Os olhos dele brilham como uma mistura estranha de ódio e admiração. Killian levanta a mão e acaricia meu rosto. Seu toque é suave ao envolver minhas bochechas.

Killian baixa o olhar por um momento, antes de se aproximar de mim, seus olhos fixos nos meus, transmitem uma intensidade intrigante. Com isso, eu abaixo o olhar, recusando-me a mostrar qualquer sinal de fraqueza. Por dentro, eu estou assustada e incerta do que o futuro reservava, mas eu sei que preciso manter minha coragem e minha determinação. Eu não posso permitir que ele me destrua.

— Então você pretende fazer o que? Me matar? — Seus lábios se curvam em um sorriso cruel.— Ou vai simplesmente me traficar assim como aquelas crianças?

Depois de minhas palavras, a expressão dele muda completamente. Seu olhar agora está cheio de raiva contida. Sinto um arrepio percorrer minha espinha, mas não recuo. Eu não posso permitir que ele me intimide.

O ar fica carregado de tensão, eu estou ciente que minhas palavras mexeram com ele, deixando-o nervoso.

— Melhor você manter essa boca fechada se você preza pela sua vida... — Diz ele, com um tom de escárnio em sua voz. — Docinho. — Ele força em dizer a palavra.

— Você poderia ter me matado muito antes se quisesse. — Falo olhando para os fios ao meu redor.

— Sim, poderia. Eu vi você em ação, você não é lá essas coisas. —Ele provoca mencionando sobre nossa luta no hotel Lavore. Admito para mim mesma que ele quase venceu aquela luta por que eu estava fraca devido as minhas missões anteriores.