Capítulo 12

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De repente, o ambiente muda. A música para, e uma tensão indescritível toma conta do salão. As conversas cessam, e todos os olhares se voltam para a entrada. Agentes do FBI, vestidos com trajes impecáveis, invadem o local, com expressões sérias e distintivos reluzentes. O número de policiais é  muito superior ao de convidados.

— Estamos fodidos! Quem foi o traidor que revelou que estaríamos aqui? — Jones desesperado, põe a mão na arma escondida em sua cintura.

Meu coração salta no peito. O momento que esperei tanto finalmente chegou. O FBI está aqui para prender esses criminosos. Observo os agentes se aproximarem lentamente, mantendo as mãos próximas às armas.

— Se acalme Jones... —  O grisalho alerta em um tom calmo e baixo com o olhar fixo nos policiais.

Sem conseguir evitar, espio Killian. Seu olhar se encontra com o meu por um breve instante, e um sorriso malicioso se forma em seus lábios. Ele sabe que algo está errado, que seu império pode estar prestes a ruir, mas mesmo assim, ele parece... Calmo.

Calmo até demais para alguém que está prestes a ser preso.

Os agentes do FBI se espalham pelo salão, prendendo os criminosos uma um. A tensão no ar é pesada. Meus músculos estão tensos, prontos para agir caso algo dê errado.

O homem de barba grisalha bem feita, faz um gesto rápido para seus homens, e uma troca de tiros irrompe no salão. O pânico se instala, e as pessoas correm em todas as direções em busca de segurança. Meu treinamento entra em ação, e eu me esquivo dos disparos.

O salão se transforma instantaneamente em um caos quando os mafiosos de todo o salão sacam suas armas e começam a atirar, mirando nos agentes do FBI infiltrados. O som dos disparos ecoa pelo ambiente, misturando-se ao pânico e aos gritos dos convidados.

Meu treinamento entra em ação enquanto me jogo para trás de uma coluna, usando-a como proteção contra os tiros.

Conversas interrompidas, taças de champanhe caídas, vestidos elegantes manchados de sangue, a cena é um verdadeiro turbilhão de caos e violência.

Em meio a confusão, eu noto Caveira sair pelos fundos, bem de fininho. Com determinação, eu encontro um ponto de vantagem e, com a adrenalina correndo em minhas veias, meus instintos me alertam para não deixá-lo fugir então, começo a segui-lo.

Com cautela, sigo o criminoso, desviando-me das atenções dos outros mafiosos e dos agentes do FBI que também estão infiltrados no evento. Cada passo é calculado, cada movimento realizado com precisão, pois qualquer deslize pode colocar tudo a perder.

Killian percebe minha ausência olhando de canto de olho para mim, mas por algum motivo, ele não me detém. Ele fica para trás assim como os outros: abaixados tentando não levar nenhum tiro perdido.

O criminoso adentra um corredor isolado e mal iluminado, afastado dos olhos curiosos. Sigo-o silenciosamente, mantendo uma distância segura. Quando finalmente chegamos a um lugar secreto, ele se vira e percebe minha presença.

Seus olhos se estreitam, e ele ergue uma sobrancelha com uma mistura de surpresa e desconfiança.

— Agente Romann, que surpresa... — Caveira me analisa por um momento.

— Quanto tempo desde o nosso último encontro. Eu acredito que você sabe por quê estou aqui.— Falo sem enrolação pois sei que nossos tempo é curto.

"Ele sabe demais"

A voz de Killian ecoa em minha mente a respeito de Caveira. Os dois devem de conhecer.

— Estou servindo como fonte de informações agora para agentes secretos? — Ele ri com desdém.— Aliás, descobriu quem é o líder da Salvatore, Romann? — Caveira de diverte nas palavras e eu respiro fundo controlando uma impaciência que cresce dentro de mim.

JOGO DUPLOOnde histórias criam vida. Descubra agora