Cap 75

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S/n On.

Quando eu vi minha mãe ali, deitada e me olhando com lágrimas no olhos, eu não sabia o que fazer, muito menos o que pensar.

Mãe - Oi minha filha (sorri fraquejado)

Eu olho pra Tom, que está observando ela parecendo surpreso também.

- você... Também está? (Volto minha atenção pra ela, e me refiro ao câncer)

Mãe - infelizmente, descobri recentemente (ri baixinho)

Gustav - Vamos deixar vocês conversando, já liguei pra Bill e os outros (põe a mão no meu ombro)

- a, ok (falo despercebida)

Logo Gustav, Priscila e Tom saem do quarto. Olho pra Bella deitada pro outro lado, e percebo ela pegando fones de ouvido. Uma fofa.

Mãe - você está cada vez mais linda (se move na cama)

Ela se ajeita, ficando sentada e pude perceber fios de cabelos em seu travesseiro.

- obrigada (falo meio sem graça)

Mãe - e como tá indo a vida? (Junta as mãos)

- por que você não me procurou? (A corto)

Mãe - eu já atrapalhei muito sua vida, S/n, não queria continuar atrapalhando (diz olhando pras mãos)

Sobre isso fico calada.

- você... Está precisando de alguma coisa? (Cruzo os braços)

Mãe - não se preocupe com isso, já está garantido as coisas aqui (sorri)

- entendi

Mãe - você tá diferente (volta a olhar pra mim, e percebo lágrimas escorrendo de seus olhos)

- é, as pessoas mudam, e eu fui uma dessas pessoas (sinto uma vontade de chorar vindo, mas tento ao máximo segurar)

Mãe - eu te entendo, te fiz passar por cada coisa (diz com vergonha)

- realmente. Eu nunca entendia seu ódio por mim desde pequena, o porque você me tratava com indiferença. Suas amigas você tratava como umas deusas, mas sua própria filha, tratava que nem um cachorro que achou na rua (não controlo e jogo tudo na cara dela, junto com lágrimas escorrendo pelo meu rosto)

Talvez hoje em dia eu não tenha medo de falar o quanto ela me fez mal, nem que isso machuque ela de alguma forma. Nada se compara ao quanto fui machucada.

Ela escutava tudo que eu falava, sem nem discutir, apenas me ouvia.

- e cadê suas amigas que você vivia pagando as coisas agora? (Falo olhando pros lados)

Mãe - não tem (diz chorando ainda mais)

- é, quem tá aqui sou eu, me preocupando com você mesmo depois de tudo! (Olho pra cima, tentando controlar minhas lágrimas)

Mãe - eu fui um monstro com você, eu percebi isso agora

- só agora? Deveria ter percebido muito antes! (Solto uma risada baixa, mas com meu rosto já encharcado de lágrimas)

Mãe - você tem razão (ela desvia o olhar de mim uns segundos, mas logo volta)

- O tanto que chorava, o tanto que eu me perguntava o por que de ser logo comigo, uma garota que sempre amou você e tentava entender seu jeito de me tratar (falo andando de um lado e pro outro)

Mãe - eu-

- sabe quem fez o papel de mãe pra mim? (Levanto a sombrancelha, e paro na frente dela)

Ela nega com a cabeça, enquanto observava chorando cada movimento meu.

Te suportaria pra sempre... | Tom Kaulitz Onde histórias criam vida. Descubra agora