Afirmações.

442 48 23
                                    

Seu beijo era doce, suas mãos me apertavam sutilmente contra seu corpo, seu rosto queimava igual fogo e seu peito estava acelerado. Tive as mesmas reações, não consegui me conter.

Meus braços entrelaçados em seu pescoço, aproximava ainda mais seu corpo do meu, sei que havia pessoas por perto e certamente encaravam, mas eu não me importava com isso nesse momento, apenas queria senti-la mais uma vez, só que pra valer.

- Eu te amo... Cait... - falava entre o beijo. - Caralho... Eu te amo demais.

Sorri largo contra seus lábios macios, morria de vontade de fazer isso há tempos, e ouvir essa frase me fazia querer gritar, pois era tudo o que eu esperava ouvir da rosada tão atraente para mim. 

- Eu sinto isso desde que nos encontrávamos na sua casa... Mas sua irmã nunca pareceu gostar disso... Mas o que posso fazer? São meus sentimentos mas não consigo controlá-los.

- Eu não sabia disso... Por que nunca me contou? 

- Pensei que gostasse de homens, além do fato de que sempre que eu pensava em contar, você estava namorando com um homem, e logo após foi fazer intercâmbio na Inglaterra. Eu não tinha chance!

Sorri pequeno, fazia sentido. Nós começamos a andar para os dormitórios, esperava que ainda tivéssemos tempo antes do almoço acabar, queria conversar, entender bem essa situação entre nós. Quando chegamos no nosso corredor, a rosada abriu a porta de seu quarto, me convidando para entrar.

- Você vem? Não temos muito tempo. - acenou para dentro do dormitório. Era estranho estar lá novamente por outras circunstancias. 

Entrei no quarto, mesmo sabendo que iriamos apenas conversar, estava ficando muito quente lá dentro, então, já tratei de retirar o sobretudo e afrouxar a gravata.

- Eu estive com saudades...

- Pode ser difícil de acreditar, mas eu também estive com saudades... - sentei na cama, sendo acompanhada por ela. - Com muita saudades...

- Só que a sua saudade não era do mesmo jeito que a minha, eu sei disso. - encostou-se na cabeceira da cama, retirando seu sapato e colocando os pés em cima da cama.

- Pode não ter sido, mas o sentimento agora é o mesmo, pode ser até maior...

Fiz o mesmo que ela, tendo o maior cuidado para minha saia não mostrar demais nesse processo. A respiração de Violet estava descompassada, talvez a minha presença ali fosse demais, eu estava perto demais?

- Sabe... Eu prefiro mil vezes seu cabelo azul, combina com os seus olhos... - Vi olhava no fundo de minha alma, era como se quisesse me falar algo telepaticamente, mas eu ainda não era capaz de entender.

- Acha mesmo...? - deixo um sorriso escapar.

- Sim, assim como acho os seus lábios tão perfeitos que poderia beijá-los para toda a eternidade.

Senti meu coração errar uma batida.

Quando éramos mais novas, eu fuxicava algumas vezes as conversas dela com a minha irmã, lembrei da vez em que Jade tentava convencê-la de arranjar uma namorada, mas a rosada sempre respondia "ainda estou tentando superar uma garota, foi mal.", eu tinha começado a namorar com o Travis na época. Me pergunto o que ela viu na Sarah para começarem a namorar, talvez quisesse me esquecer? Ou apenas quis desencalhar logo de uma vez? Afinal, faziam anos que Vi não transava com alguém, mas isso me incomodava.

A mais velha pousou sua mão em minha coxa, continuava a me olhar nos olhos, porém, seu olhar estava diferente, parecia estar com sede, mas eu sabia que não era de água. Mal tínhamos nos entendido e já estávamos à beira do sexo, não a culpo, eu mesma presenciei na casa dos pais dela que não foi fácil passar por isso, sempre esperando pelo momento em que finalmente iria me tocar dessa forma. Como também não me culpo, quantas vezes já me masturbei pensando nela?

Três? Cinco? Doze? Já tinha perdido as contas.

Só bastava lembrar de sua imagem, aquele dia no corredor da escola, onde me prendeu na parede e me beijou pela primeira vez, lembrar de como fiquei com seu toque, bastava apenas lembrar de seus olhos me penetrando e eu já estava com a mão debaixo da calcinha, completamente molhada.

Mas agora era diferente, ela estava ali, e queria tanto quanto eu, podia sentir isso cada vez mais que sua mão subia pela minha coxa, um calor ardente crescia em minha buceta, era quente e completamente molhado. Eu rezava para que sua mão chegasse logo.

Mesmo naquele silêncio, nossas almas gritavam, gritavam pelo prazer, pelo amor. Arfares saiam pela minha garganta, meu peito subia e descia rapidamente, minhas pernas lentamente abriam conforme sua mão subia, e Violet parecia estar se deliciando com aquilo. Mordi com força o meu lábio inferior ao sentir seus dois dedos apertarem meu clitóris por cima da calcinha, naquele momento eu tinha perdido as forças que me restavam, deixei um baixo gemido sedento escapar, o que fez a rosada pressionar um pouco mais forte, massageando o local com gosto.

Lentamente, como se quisesse me deixar ainda mais necessitada, colocou minha calcinha de lado, não demorando para me penetrar com a vontade de anos que tinha. Violet remexia seus dedos, entrava e saia com precisão, sem tirar os olhos dos meus, mordia seu lábio inferior, eu sabia que se tivéssemos tempo ela não hesitaria em me chupar loucamente agora.

O sinal havia tocado, precisávamos ir para a aula de química, e mesmo lutando contra isso, Violet retirou seus dedos de dentro do meu vale encharcado, levando-os à boca sem desviar o olhar. Minha feição de desaprovação se transformou em um gemido desesperado, tombando a cabeça para trás, fechando os olhos na tentativa de acalmar meus hormônios.

- O que há de errado, Cupcake? - sorriu safado, tirando seus dedos limpos da boca.

- Isso... Não é justo. - gaguejei. Ajeitei minha calcinha e respirei fundo, tentando mais uma vez me acalmar.

- Algum dia eu lhe compenso, tá? Só queria saber se é realmente tão apertada como imaginava.

Levantou-se com seu sorriso de canto enquanto me encarava, eu estava corada após aquele comentário. Quantas vezes será que ela já me imaginou?

- Vamos, se não minha mãe vem atrás de nós duas, e não quero que ela nos veja dessa forma, pois se ficarmos, não vou me responsabilizar pelos meus atos. - estendeu a mão, ajudando-me a sair da cama. 


[...]


Pela primeira vez vi a Jade na porta de minha sala, ela era um ano mais velha, então era bem mais comum que ela estivesse nos terceiros anos do que a porta da sala da irmã que tanto odeia. A morena estava com Sarah, elas pareciam discutir, mas assim que a professora chegou, Jade foi obrigada a sair dali, com extrema raiva, ela andava apressada para o corredor mais a frente, o corredor do último ano.

- Com toda certeza a Sarah já abriu a boca para sua irmã. - nós diminuíamos os passos conforme chegávamos na sala.

- Você não me contou como vocês se afastaram... Eram do mesmo grupo, e ainda são.

- Ela descobriu que eu estava apaixonada por você um tempo depois que eu terminei com a Sarah, então brigamos e ela se aproximou mais da minha ex, acredito que ela não tenha gostado muito da notícia... - tentou amenizar a fala com uma risada nasal assim que entramos na sala.

Como não tínhamos sentado juntas hoje pela manhã, minhas coisas estavam ao lado de Ahri, que nós encarava com um sorriso desconfiado. Aquela pestinha tinha metido sua mãozinha, ainda iria descobrir o que elas conversaram aquele dia no corredor, ou pela Ahri, ou por Violet.

Valentine's Day - CaitViOnde histórias criam vida. Descubra agora