Remi
23 anos— Oi, mamãe. — atendi a ligação da minha mãe quase no mesmo instante em que ela ligou.
— Ei, meu amor! Como você está? — mamãe perguntou.
Minha mãe, Teal Van Doren, sempre entrava em contato. Todo santo dia eu recebia ao menos uma mensagem dela. Eu sentia falta da minha mãe, mas principalmente do meu pai, Ronan Astor! Ele era simplesmente o melhor pai do mundo e eu sei que neste exato momento ele está do lado dela e daqui a pouco irá aparecer de um modo exuberante.
— Eu estou ótimo, a vida está uma maravilha!
Exceto por aquela pequena stalker... mas não comentei isso com meus pais. Eu sabia que eles sabiam dessa perseguição da Ariella comigo, todo mundo sabia. Só que mamãe sempre me aconselhou a tratá-la bem independente do que acontecesse.
O que não aconteceria já que ela constantemente estava passando dos limites impostos pela sociedade em geral.
— Esse é meu garoto! — papai gritou do outro lado da linha. — Aproveita a vida mesmo, Remi! Depois você encontra alguém para te domar e colocar uma coleira em você e não tem mais volta.
Um barulho de um soco leve soou do outro lado, a risada da minha mãe foi suave enquanto meu pai continuava o drama dele. — Não que eu esteja reclamando! Jamais. Eu adoro isso, mas enquanto ela não aparece para você meu filho aproveite o máximo que der.
Esse era o problema, eu estava sempre aproveitando e gostando, só não tinha mais tanta certeza de que um dia apareceria alguém. Aquele alguém.
— Como vai a faculdade, meu amor? — mamãe perguntou.
— Está tudo indo bem, daqui algumas semanas eu terei provas mas já sabe... eu obviamente irei passar.
— Eu falei que ele iria passar. — papai falou orgulhoso. — E as festas?
— Sábado vai ter uma aqui em casa e vai ser insano!
— Aproveita cada minuto da vida.
— Pode deixar!
Depois de alguns minutos conversando sobre tudo e mais um pouco, nós finalmente nos despedimos.
— Eu te amo, filho. — mamãe disse suavemente.
— Eu também amo você, filhão! — papai quase gritou, o que fez eu e minha mãe rirmos.
Eu os amava imensamente, eu os adorava e um dia eu esperava ter o que eles tem agora. Amor. Amor do mais puro e sincero, no entanto eu não me sentia suficiente para que um dia eu receba isso... Talvez nunca aconteceria, mas as vezes era bom sonhar.
Eu, por mais chocante que fosse, era muito inseguro quanto a relacionamentos e não conseguia me ver dentro de um. Pensamentos de que eu não era bom o suficiente viviam me incomodando, e talvez fosse por causa do meu estilo de vida... Eu não queria namorar com as mulheres que frequentavam as mesmas festas que eu. Eu sempre soube que elas nunca se interessavam por mim como pessoa mas sim no meu sobrenome e no que eu carregava com ele.
Era triste, mas não era nenhuma mentira.
— Eu também amo vocês. — me despedi dos meus pais.
Por dois segundos eu cogitei Ariella, mas logo o pensamento foi para o lixo. Ela não era tão diferente das mulheres que eu festejava. A diferença é que ela não estava interessada no meu sobrenome e no que eu levava com ele, ela nunca precisou disso, mas, tudo pra ela era um jogo e eu infelizmente fazia parte dele, só isso. Eu sei que no momento em que minha peça de xadrez em seu jogo perder a importância ela pararia de vir atrás de mim. Eu era apenas seu peão, e esse é um dos motivos que eu a detestava tanto.
Ela não me deixava viver minha vida e ainda me colocaria pra escanteio no momento em que decidisse e eu não permitiria ser seu brinquedinho. Nunca.
Afastando minha raiva, eu me preocupei em finalizar alguns detalhes da festa de sábado. Algo dentro de mim me dizia que aquela festa mudaria muitas coisas.
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GOD OF OBSESSION - DEUS DA OBSESSÃO
FanfictionEla sempre o observou, sempre esteve com os olhos nele e ele fugia até que algo chamou a sua atenção e agora ambos estão na batalha para ver quem dominará o jogo. Uma história com muita tensão. Remington Astor e Ariella Nash estão embarcando em um r...