CAPÍTULO 26

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Ariella

Eu abri os olhos quando deu três horas da madrugada. Tudo estava escuro, exceto o canto do meu quarto. Olhei para onde a luz estava chamando minha atenção e me deparei com Remington ali em pé, parado, me encarando.

Ele estava vestindo uma calça social preta e uma blusa social de manga longa branca, a blusa estava dobrada até os cotovelos revelando seu braço musculoso e suas mãos fortes. As mesmas mãos que apertavam a poltrona do meu quarto com muita força, tanta força que as veias que subiam de suas mãos para seu braço pareciam que estavam prestes a estourar. Seu rosto estava nublado.

Seus olhos castanhos que geralmente são divertidos e quentes estavam tempestuosos, e aquela tempestade estava direcionada a mim. Seu maxilar estava tão marcado, um pouco mais de força e ele quebraria. O paletó preto que dele estava jogado em cima da mesinha onde estava o abajur.

E só agora eu fui reparar no que tinha ao lado dele jogado no chão. Eu me assentei rapidamente na cama, foi quando eu percebi que eu estava apenas com minha lanjeri. Eu tinha o costume de dormir sem nada, ou apenas com roupas íntimas.

Os olhos de Remington desceram para os meus seios e meus mamilos ficaram duros apenas com o olhar firme dele, mas meus olhos ainda focavam no que estava ao seu lado.

Uma algema, uma venda e um maldito chicote.

Puta. Merda.

Eu me sentei ereta, encarei seus olhos que ainda estavam tempestuosos e quando eu ia falar ele veio em minha direção, parou ao lado da cama e com uma mão agarrou meu queixo e bochechas, prendendo meu olhar no dele. Me encurralando.

A sua outra mão subiu para o meu cabelo solto e ele enrolou três vezes todo o comprimento do meu cabelo e levantou meu rosto, agora ele estava me proibindo de mover qualquer músculo. Seu aperto aumentou, mas não ao ponto de me machucar... Era algo gostoso, uma sensação que fez com que eu esfregasse minhas coxas uma na outra involuntariamente.

Remington me olhou curioso e então um pequeno sorriso surgiu em seus lábios.

— Você é uma criaturinha muito safada, Ariella.

Eu não sabia o que dizer, e mesmo se soubesse seria impossível com ele prendendo meu maxilar.

Eu olhei de lado para as coisas que estavam jogadas no chão ao lado dele. Meus dedos dos pés se encolheram com a ideia do que ele faria com aquilo, comigo. Muitas pessoas poderiam fugir somente de ver o que tinha ali, mas não eu. O caos do Remington estava me atraindo, a tempestade dele. Meu rei.

Remi respirou fundo e fechou os olhos. Sua mão soltou meu cabelo e eu quase pedi para ele voltar do jeito que estava, mas então ele me surpreendeu me jogando de costas na cama e subindo em cima de mim e prendeu meus dois pulsos acima da cabeça. A mão que estava prendendo meu queixo e bochechas saiu de lá para pressionar meu pescoço.

— Não me olha com esses olhos de 'foda-me', por que eu irei, e eu não tenho limites, Ariella. A não ser que você queira ser marcada para sempre por mim, é melhor não me encarar assim. — Ele disse. — Ou é isso o que você quer?

Eu não disse nada, não mexi uma fibra do meu corpo, nem fiz questão de respirar. Eu nunca tinha visto esse lado dele, mas isso não me deixou apavorada ou algo do tipo, muito pelo contrário, essa parte dele me faz querer mergulhar de cabeça no caos.

— Você é tão delicada e linda como uma borboleta, eu posso te quebrar tão facilmente, mon ange.

Meu anjo.

Ele me chamou de meu anjo.

Ele com certeza sabe que eu sei falar francês fluentemente assim como todos da minha família, então ele quis realmente dizer isso, certo?

GOD OF OBSESSION - DEUS DA OBSESSÃOOnde histórias criam vida. Descubra agora