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Crowley e Aziraphale passaram cinco dias juntos, o demônio mais antigo cuidou das asas do loiro todos os dias até estarem totalmente curadas, a raiva que sentia por ele o ter abandonado ainda existia mas não tanta.
— Crowley, eu já disse que não é para pegar nenhum livro!— gritou com o ruivo e arrancou o tal de sua mão.
— Você ainda continua assim sem graça, né?— revirou os olhos.
— Ei! Você disse que eu ainda continuava eu, então sim!— colocou o livro de volta na prateleira.
Ainda era estranho ver o ex-anjo como demônio, as roupas escuras, a marca acima da sobrancelha, era tudo tão diferente... Ele gostava dessa versão, mas sentia saudades de ter seu anjo como anjo.
— Você gosta de ser um demônio?— perguntou Crowley, deixando os pensamentos voarem.
— Gostar não é bem a palavra, querido, mas eu não desgosto. Tipo, não tem ninguém atrás de mim, eu não preciso me preocupar com coisas ditas erradas e bem, agora nós podemos estar no mesmo lugar sem medo.— sorriu pequeno.
O ruivo se sentiu flutuar com a última frase, ainda existia um sentimento, ainda havia algo que se arrastava a milhares de anos e que precisavam ser ditas, precisavam ser expressadas da forma certa.
— Sem céu, sem inferno. Só nós— completou se aproximando de Aziraphale— Eu gosto do nós.— foi sincero.
O loiro, colocou a mão em sua frente como uma forma de proteção inconsciente há proximidades, mas ele gostava da proximidade de Crowley.
— Eu também gosto do nós.— sorriu sem jeito, corando.
O demônio sorriu, vendo o rosto do outro ficar em um tom avermelhado.
— Acho que a gente não pode mais mentir para nós mesmos, não há nada nos impedindo e bem, eu senti medo de te perder e eu não quero perder essa chance de novo.— pegou na mão do loiro.
— A última vez foi minha culpa, eu não falei, eu só te machuquei, mas agora estamos aqui... Sozinhos, sem nada para nos atrapalhar. Acho que é a hora de talvez não nos denominarmos como melhores amigos.— apertou a mão do ruivo, olhando amorosamente para ele.
Crowley levou a mão de Aziraphale até seus lábios e deixou um beijo suave. O loiro sentiu um arrepio correr sua espinha, ele o amava mais do que tudo.
Olharam nos olhos um do outro por um breve momento, antes de selarem um beijo (que desta vez foi correspondido). As mãos do ruivo estavam repousadas delicadamente sobre a bochecha do outro, já Aziraphale tinha as mãos na cintura de Crowley, ali eles deixaram todas as emoções fluírem, desta vez de uma maneira boa.
Se separaram do beijo, ainda com um brilho no olhar.
— Então... o que somos?— Perguntou Aziraphale, que sempre foi muito metódico.
— Acho que nós somos... nós. A gente se ama, a gente se respeita e bem, acho que é isso, nós nos amamos e somos isso. Duas criaturas que se amam.— respondeu, deixando um selar na testa do outro.
O loiro sorriu, sentindo seu coração aquecer diante daquelas palavras, não o deixaria nunca mais, ele queria viver a eternidade ao lado de Crowley.
— Eu vou te amar para sempre. Acho que eu nunca vou parar de te amar.— sorriu, se sentindo envergonhado.
— Espero que não pare.— admitiu, com seu tom meio rude de sempre.
Aziraphale sorriu, acostumado com a grosseria do demônio.
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𝐂𝐨𝐦𝐞 𝐛𝐚𝐜𝐤 𝐭𝐨 𝐦𝐞, 𝐀𝐧𝐠𝐞𝐥 || 𝐀𝐳𝐢𝐫𝐚𝐜𝐫𝐨𝐰
FanfictionDepois do anjo ter ido para os céus, Crowley se pergunta se fez algo de errado... até que no dia seguinte recebe uma ligação da Shax. © Júpiter, 2023.