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Dez dias haviam se passado, Crowley estava fazendo o máximo de tentações que podia para talvez tentar fazer o seu amado sair do inferno o quanto antes, ele o queria ao seu lado ele podia muito bem o ir ver, mas sabia que o lá não era assim, se você fosse ao inferno você teria que vir ou com algum relatório, ou reclamação ou trabalhar lá.
Ele recebia cartas todos os dias do outro, falando o quanto sentia a sua falta e o quanto queria estar com ele, e hoje não foi diferente, em seu Bentley havia um envelope e sabia que Aziraphale.
"Olá Querido,
Eu sinto sua falta todos os dias. Hoje, tive que me acostumar com as intermináveis pilhas de papelada aqui. Lembra-se do Furfur? Bem, ele é o meu chefe agora.
Queria você aqui comigo, queria estar brigando sobre algo bobo ou talvez só te beijando. Saiba que eu te amo e sempre te amarei, eu não te abandonei, ok?
Com todo meu coração, Seu Aziraphale"
Crowley sentia falta de seu anjo, mas pelo menos ele sabia onde ele estava e que ele se importava verdadeiramente. O ruivo estava cuidando da livraria, quem deveria estar cuidando dela na realidade era Muriel mas infelizmente este anjo teve que subir aos céus devido sua posição baixa. Crowley sentia falta de ensinar Muriel as coisas básicas humanas, mas ele não tinha controle sobre isso, assim como não tinha controle de quando Aziraphale iria voltar.
Por fim, ele guardou a carta no bolso de seu paletó. Conseguia sentir a dor da ausência do amado, ele o queria ao seu lado novamente e o queria por toda a eternidade.
Voltou para a livraria, guardando a carta na gaveta e pegou uma caneta e colocou suas palavras no papel, ele não era bom com cartas mas essa era a única forma de se comunicar.
"Meu amado Aziraphale,
Eu também sinto sua falta, li um livro da Jane Austen, eu achei que você gostaria de saber dessa novidade já que eu pensei em você em cada parágrafo e frase. Bem eu não sou muito bom lendo, nem escrevendo mas eu estou me esforçando por você.
Eu sinto falta de Muriel, você também sente? Lembra quando a gente ficava ensinando coisas básicas para esse anjo? Bem eu sinto falta... Mas não só dele, mas também de Warlock e Adam, espero que eles estejam bem. Eu também sinto sua falta e Bentley também sente, bem um dia desses ele ficou amarelo e tocou música clássica, acredita?
Enfim, prometo que em breve estarei ai para dar puxões de orelha e beijos carinhos em você.
Com todo o meu amor, Seu demônio favorito."
Crowley não se sentia confortável em escrever, mas está era a única forma que havia de se comunicar com seu amado e em um estalar de dedos, a carta foi até seu destinatário.
Em um suspiro, o ruivo se levantou procurando algo para fazer, decidiu dar uma volta na cidade com seu Bentley.
— Mais um dia sem o meu anjo, Bentley.— suspirou e deu partida no carro.
— Parece que o tempo passa mais devagar sem ele, sei lá. É esquisito.— dirigiu com rapidez pela rua que passava.
Enquanto dirigia pela cidade, se perguntava como Aziraphale estava lá, o que exatamente ele estava fazendo, tinha medo de estarem explorando ele, de estarem gritando com ele. Crowley sabia o quanto o seu anjo era sensível, bem agora ele não era mais um anjo mas não importa. O ruivo decidiu que o visitaria amanhã, sem deixar nem mais um dia passar.
Foi retirado dos pensamentos com Bentley tocando uma música clássica.
— Ah não, não faça isso comigo, você era um bom carro!— brigou com o seu automóvel.
Bentley tocou a música mais alto, era um sinal que ele também sentia falta do loiro e Crowley entendia isso. Inclusive compartilhava do mesmo sentimento.
Finalmente parou no estacionamento de um parque tranquilo, caminhando sem rumo algum. Ouviu algumas risadas e quando olhou para o lado havia um grupo de crianças brincando, uma menina loira lembrou muito Aziraphale, ele acabou sorrindo inconscientemente, decidiu se sentar em um banco perto dali, onde deixou seus pensamentos vagarem para o seu amado. Se ele estivesse ali, com certeza Crowley mostraria a menininha para o ex-anjo e implicaria com ele, mas ele não estava.
O demônio estava olhando para o nada, até ouvir uma voz fina adentrar seus ouvidos:
— Tio, qual seu nome?— era a menina de cabelos loiros.
— Cadê sua mãe?— perguntou, ele era um demônio mas se preocupava com as crianças.
A pequena garota apontou para o outro banco e Crowley assentiu.
— É Anthony e o seu?
— Lily! E você tem um cabelo legal.
— Agradeço, seu cabelo também é legal— sorriu minimamente— e não fale com estranhos, ta bom? É perigoso.— avisou a menina.
— Eu sei, mamãe sempre diz isso. Mas você não parece tão assustador quanto os outros adultos que ela fala.
— As aparências enganam, Lily. Então ouça sua mãe quando ela diz para não conversar com estranhos, está bem?
Ele sorria com a inocência da menina e pensava como seria se Aziraphale estivesse do seu lado agora.
— Está bem, tio!— riu.
— Vá lá brincar com seus amigos agora, está bem?
A menina assentiu com a cabeça, voltando correndo para o parque, mas antes ela se virou para Crowley e acenou.
— Tchau, tio!
O demônio levantou a mão e balançou os dedos , como ele sentia falta de seu garoto ali com ele. Continuou perdido em seus pensamentos por mais algum tempo e finalmente se levantou, voltando a andar pelo parque até ver um carrinho de sorvetes, onde se colocou na fila. Não ele não comia, mas sentia tanta falta do outro que decidiu comprar.
— Me vê um picolé de morango e um sorvete de baunilha, por favor.— pediu.
Assim que o sorveteiro o entregou os dois sorvetes, Crowley deixou a quantia na mão do mesmo e voltou a caminhar, desta vez até o estacionamento. Tomou os sorvetes de forma devagar e se encostou em seu carro até terminar de toma-los pois não queria sujar o couro do automóvel.
Fez um pequeno milagre demoníaco para limpar suas mãos e finalmente adentrou no Bentley, dirigindo de volta para a livraria. No caminho fez alguns humanos pecarem, mas sua mente ainda estava ocupada com pensamentos sobre Aziraphale. Ele desejava mais do que tudo ter seu amado ao seu lado novamente, e a espera estava se tornando quase insuportável.
Estacionou seu Bentley na rua e voltou para dentro da livraria, limpou cada canto dela, pois o ex-anjo amava tudo limpo e organizado e finalmente se deitou na cama que havia no andar de cima. Ele não dormiu, somente ficou rebobinando as cenas em que estava com Aziraphale para tentar preencher o vazio da ausência do loiro.
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Hey anjos, espero que vocês tenham gostado! Desculpem por esse capítulo meio ruim, eu to morto de cansaço mas não queria deixar vocês sem nada, então se houver algo meio desconexo, algo escrito errado ou uma repetição muito grande da mesma palavra, me desculpem pelo equívoco.
Já está acabando a fic gente, não 'to pronto 😭
Ps: O feedback de vocês é importante, comentem, votem e façam críticas também! Isso é importante para o meu crescimento como autor para fazer fanfics cada vez melhores para vocês (:
Com amor, Júpiter ✨
© Júpiter, 2023.
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𝐂𝐨𝐦𝐞 𝐛𝐚𝐜𝐤 𝐭𝐨 𝐦𝐞, 𝐀𝐧𝐠𝐞𝐥 || 𝐀𝐳𝐢𝐫𝐚𝐜𝐫𝐨𝐰
FanfictionDepois do anjo ter ido para os céus, Crowley se pergunta se fez algo de errado... até que no dia seguinte recebe uma ligação da Shax. © Júpiter, 2023.