Can't Buy Me Love

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Crowley ainda tinha raiva do que o ex-anjo havia feito, ele ainda sentia a dor do abandono. Por mais que Aziraphale tivesse feito um ato altruísta, lá no fundo ainda doía e doía ainda mais porque ele o via todos os dias, cuidava dele todos os dias e o amava todos os dias.

— Querido, qual é a melhor essa ou essa?— mostrou duas gravatas para o demônio, que estava sentando.

— Aziraphale, por Satã. Eu já disse que as duas ficam lindas em você, escolhe qualquer uma— passou a mão pelo rosto impacientemente.

— Escolhe, por favor!— fez um biquinho sendo dramático. 

Crowley bufou e revirou os olhos, não queria responder, mas depois que o loiro fez o seu drama ele respondeu rapidamente.

— A azul escura, Aziraphale. Agora será que dá para a gente andar? Só vamos fazer compras!— choramingou.

Eles estavam a exatamente há uma hora e trinta e seis minutos escolhendo a roupa do loiro.

— Agora podemos ir!— bateu palmas silenciosas com um sorriso no rosto.

— Ótimo— se levantou retirando-o da frente do espelho pelo braço.

Arrastou o ex-anjo até o Bentley, onde se sentaram um do lado do outro, claro que Crowley no volante.

O ruivo viu Aziraphale ajeitar a gravata recém-escolhida, ainda preocupado com a aparência, não podia deixar de ter um sorriso discreto no seu rosto e assim deu a partida, dirigindo com velocidade pelas ruas.

— Vá mais devagar, por favor, querido.— colocou a mão em seu peito pelo susto.

— Não é como se a gente fosse morrer.— suspirou e continuou na mesma velocidade. 

— Mesmo assim, eu não gosto.— cruzou os braços, sentindo a adrenalina. 

 Pois é, mas o carro é meu e eu faço o que eu bem entender— respondeu seco e aumentou a velocidade. 

Aziraphale se agarrou no banco, olhando para a janela vendo somente um borrão.

— Você é mesmo um demônio teimoso.— resmungou.

— É isso que demônios fazem— deu um sorriso travesso,  fazendo um ziguezague entre os carros. 

O loiro fechou os olhos, tentando controlar a respiração por causa do medo de bater nos outros automóveis, até sentir o Bentley reduzir sua velocidade e pararem bruscamente.

— Você quase me matou!— deu leves tapas no ombro do demônio.

— Aiaiai, eu não te mataria!— disse se protegendo dos tapas. 

— Argh, Você é insuportável!— reclamou saindo do carro. 

Crowley fez o mesmo, fazendo um carinho no Bentley e logo depois indo ao lado do loiro.

— Mas você me ama assim, fazer o que.— disse pretencioso. 

— Crowley! Pare com isso.— franziu o cenho.

— Eu menti?— deu seu meio sorriso para o outro.

— Vamos logo as compras antes que você me deixe doido— o puxou para dentro do mercado. 

Eles entraram no estabelecimento, Aziraphale fez a lista mentalmente e quando finalmente saiu de seus pensamentos, o ruivo não estava mais do seu lado e sim na frente de uma seção de vinhos.

𝐂𝐨𝐦𝐞 𝐛𝐚𝐜𝐤 𝐭𝐨 𝐦𝐞, 𝐀𝐧𝐠𝐞𝐥 || 𝐀𝐳𝐢𝐫𝐚𝐜𝐫𝐨𝐰Onde histórias criam vida. Descubra agora