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Crowley decidiu finalmente sair de sua cama, disposto a levar o seu relatório para o inferno e ver Aziraphale. Assim que saiu da livraria e virou a placa para "Fechado", viu um papel no para-brisa de seu Bentley, iria somente arranca-lo e jogar fora pois presumia que era uma multa mas quando chegou perto percebera que na realidade era uma carta.
"Meu querido Crowley,
Ao escrever esta carta, eu mando meu amor para você. Se lembre que eu sempre vou ser apaixonado por você;
Guarde estas poucas palavras até estarmos juntos, e meu também. Eu voltarei para casa algum dia, mas até esse dia chegar meu querido. Se lembre que eu te amo e sempre te amarei.
Com amor, Seu (ex)Anjo."
Sentiu seu coração se aquecer e finalmente adentrou seu carro, colocou a carta no porta-luvas juntamente com seus óculos extras e colocou o relatório no banco da frente o jogando. Deu partida no automóvel e dirigiu o mais rápido possível até a entrada do inferno no mundo humano.
Ao entrar naquele local escuro, viu o rosto de surpresa dos demônios, já que quase não aparecia por lá, ignorou as perguntas curiosas que obteve ao longo do caminho e finalmente viu Aziraphale e o entregou o seu relatório, o loiro ia simplesmente o colocar na pilha imensa ao seu lado e continuar a ver o relatório de outro demônio que estava analisando mas quando viu o nome do demônio, levantou seu olhar com esperança. Encontrou com Crowley com um meio sorriso no rosto e óculos nos cabelos, algo muito raro.
— Querido... você realmente veio.— disse em um tom de voz meio triste, não podia levantar dali.
— Eu disse que viria te visitar.— deu um beijo na testa do outro.
— Eu quero voltar logo...— suspirou enquanto batia o carimbo no papel e o levava para outra pilha.
— Eu também quero que você volte, eu sinto sua falta.— Crowley fez um carinho na bochecha do outro.
O demônio observou Aziraphale continuar a trabalhar, se sentiu impotente por não conseguir tira-lo dali. Era estranho, mas também reconfortante o ver ali, cumprindo suas tarefas como um demônio. Ele sabia que isso era o que o loiro havia escolhido, mas não podia deixar de desejar que as circunstâncias fossem diferentes.
Assim que olhou para o lado, Furfur estava com uma cara nada amigável olhando para Aziraphale e a única coisa que Crowley fez foi silvar para o demônio, que logo voltou a prestar atenção em seu próprio trabalho e não neles.
— Aziraphale, você está bem? — perguntou, sua voz carregada de preocupação.
O demônio loiro olhou para Crowley, seus olhos ainda conservando a mesma ternura de antes, apesar do ambiente sombrio ao seu redor.
— Estou sobrevivendo, querido. Shax disse que se eu batesse a meta ela me subiria de cargo e eu poderia fazer tentações na terra.— sorriu minimamente.
— Isso é ótimo, espero que a próxima vez que eu esteja aqui seja para te buscar.
— Eu também espero.
Crowley ficou um tempo, só observando o outro trabalhando, seus movimentos ainda eram graciosos e metódicos e depois de um tempo percebeu uma aranha em cima da papelada, achou estranho até ouvir um murmúrio de Aziraphale.
— Levanta a patinha, por favor— pediu para a Aranha, que fez o que havia pedido.
Percebeu que ela estava sendo usada como peso para os papéis e não podia deixar de sorrir com aquela cena, que poderia ser considerada angelical. Seus pensamentos foram cortados assim que ele ouviu passos, e com medo de ser alguém importante se despediu.
— Beijo, tenho que ir.— deu um selinho no outro.
Antes de ir lançou um olhar amoroso, que logo foi substituído por um sorriso genuíno e deu um último carinho na bochecha de Aziraphale antes de se afastar.
O ex-anjo suspirou enquanto observava Crowley sumir pelo horizonte Ele estava acostumado a ver o demônio partir, mas isso não tornava as despedidas mais fáceis. Mesmo assim, ele tentou se concentrar em seu trabalho, sabendo que era sua responsabilidade cumprir suas tarefas no Inferno.
Ao chegar na livraria, Crowley jogou as chaves do Bentley em cima da mesa e se deitou no sofá que havia ali, suspirando fundo, mas assim que achou que haveria um pouco de paz ouviu o telefone da livraria tocar.
— A.Z Fell and Co, o que deseja? — disse Crowley, tentando manter sua voz calma e profissional, embora estivesse com a mente ainda no encontro com Aziraphale.
Do outro lado da linha, uma voz respondeu.
— Olá, você teria o livro Orgulho e Preconceito?
Crowley apertou o telefone com força, sentindo a paciência dele se esgotando a cada palavra que saía da boca do cliente.
— Para esse livro, experimente a loja de conveniência ao virar da esquina. E, por favor, não me faça perder mais tempo com perguntas idiotas.
Ele desligou o telefone com um clique irritado, suas feições marcadas com desdém enquanto voltava a se afundar no sofá. Não era exatamente o tipo de pessoa que gostava de atender clientes irritantes, especialmente quando estava de mau humor. E, no momento, ele estava de muito mau humor.
O telefone tocou novamente, e Crowley bufou antes de atender, sem esconder sua irritação.
— A.Z Fell and Co. Parece que você está destinado a testar minha paciência hoje. O que quer agora?
A voz do outro lado da linha gaguejou antes de fazer a pergunta.
— Você tem o livro Senhor dos Anéis?
Crowley revirou os olhos dramaticamente, incapaz de conter sua ironia.
— Oh, claro! Estou sentado em uma pilha de cópias autografadas de Tolkien neste exato momento. Você realmente acha que precisaria ligar para uma livraria para encontrar esse clichê literário? Espero que o encontre em outro lugar, passar bem.
Ele desligou o telefone com um clique brusco e rolou os olhos, sentindo uma gota de suor frio escorrendo pela sua têmpora.
Enquanto se afundava novamente no sofá, o demônio suspirou profundamente, pensando que talvez, só talvez, deveria considerar uma breve pausa do atendimento aos clientes.
Ele pegou sua jaqueta, trancou a livraria e decidiu dar um passeio para espairecer. O vento noturno batia em seu rosto enquanto ele caminhava pelas ruas escuras da cidade. A sensação de liberdade começou a acalmar seus nervos.
Enquanto caminhava, ele não conseguia deixar de pensar em Aziraphale. O encontro no Inferno ainda ecoava em sua mente, as palavras suaves do ex-anjo e o toque gentil de suas mãos. Apesar de toda a confusão e as dificuldades de seu relacionamento, havia algo profundo e verdadeiro entre eles.
Enquanto mergulhava em seus pensamentos, ele se encontrou na frente do St James Park. Decidiu entrar e se sentar em um banco, observando as estrelas no céu noturno. A tranquilidade do lugar o acalmou ainda mais, e ele se permitiu relaxar pela primeira vez naquele dia.
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Hey anjos, espero que vocês tenham gostado! Essa é minha música favorita dos Beatles e esse capítulo se tornou meu favorito tmb! Não foi revisado então pode conter erros, desculpem por isso é que a minha semana está corrida então o tempo não está se fazendo muito presente.
Ps: O feedback de vocês é importante, comentem, votem e façam críticas também! Isso é importante para o meu crescimento como autor para fazer fanfics cada vez melhores para vocês (:
Com amor, Júpiter ✨
© Júpiter, 2023.
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𝐂𝐨𝐦𝐞 𝐛𝐚𝐜𝐤 𝐭𝐨 𝐦𝐞, 𝐀𝐧𝐠𝐞𝐥 || 𝐀𝐳𝐢𝐫𝐚𝐜𝐫𝐨𝐰
FanfictionDepois do anjo ter ido para os céus, Crowley se pergunta se fez algo de errado... até que no dia seguinte recebe uma ligação da Shax. © Júpiter, 2023.