Essa é minha rotina de sempre:
Acordo, desço para tomar café, vou ler, almoço, termino de ler mais um livro, janto e vou dormir. Fora as pausas para tomar banho, etc.
Sempre amei livros, tenho um quarto que transforei em biblioteca com vários tipos. Os meus preferidos são de romance, sim pareceu clichê mas mesmo sabendo que não existe essa história de felizes para sempre, eu ainda tenho esperanças de encontrar um homem que preste (não que eles não existem, mas hoje em dia a maioria dos homens são cafajestes).
Moro com meus "pais". Só vivem em festas ou estão viajando. Graças a bela vad... Mulher que meu pai arranjou. Ela só quer o dinheiro dele, mas o pobre coitado (que de pobre e citado não tem nada) não pensa assim, acha que eles se amarão eternamente e serão felizes para sempre. Minha mãe nos abandonou quando eu tinha 2 anos, como eu era pequena demais nem senti a falta dela...
- Srta. Clarck, o almoço está servido. A madame - como a vadia exige ser chamada pelos empregados - pediu para chamar a senhorita.
- Rosana, você me criou desde os meus primeiros dias de vida! Não precisa me chamar de senhorita, já disse.
Ela sorriu e me acompanhou até o andar de baixo, onde se encontrava meu pai, a minha "mãe" e um casal na mesa. Ah lembrei, Sr. e Sra. Tompson, uns amigos do meu pai. Cumprimentei todos e fui comer, respondendo algumas perguntas como "Muitas festinhas, certo?" "Namorando?" "E os planos pro futuro?" "Continua amando ler?". Nada de interessante.
Apressei-me a comer e pedi licença, fui ao meu quarto. Então decidi fazer algo diferente. Por que não sair? Faz tempo que não falo com a Bia. Talvez seja bom sair um pouco. Por que não?
Troquei a roupa e marquei de encontrar com ela daqui a 30 minutos. Quando ia saindo de casa a baranga apareceu na minha frente com o maior sorriso sarcástico que ela consegue ter, e sinicadamente (essa palavra existe?) falou:
- Para onde você vai?
- Não interessa.
- Onde está a educação?
- Ela foi embora junto com a minha vontade de falar com você, então se me dá licença eu preciso passar. - Também dei o meu melhor sorriso sarcástico e ela saio, provavelmente foi contar ao meu pai como a filhinha dele é mal-educada, etc.
Depois de ligar o carro, segui meu percurso até a sorveteria e encontrei a Bia sentada com um garoto lindo. Ela tem bom gosto. Ele tinha olhos num tom dourado, cabelo preto e era musculoso, não muito, mas dá pro gasto.
- Oi amiga!! Esse é meu namorado Rodrigo. Rodrigo essa é minha amiga Jullia.
- Prazer, Rodrigo.
- O prazer é meu, Jullia.
- Então Ju, o que acontece de bom na sua vida?
- Nada. Mas... Eu estava pensando em me mudar.
- Por que?! Ficou maluca?! Com que dinheiro vai viver?! Onde vai ficar?! Como pretende seguir a vida sem seus pais?! Na verdade, sem seu pai, por que aquela vadia não serve nem para ficar de enfeite!
- Calma! Olha, eu não aguento ficar naquela casa, aquela mulher revira a cabeça do meu pai! Minha mãe deixou um bom dinheiro, meu pai mesmo sem dar a mínima pra mim, me dava a mesada que eu nunca uso, desde quando eu nasci. Então dinheiro é o que não me falta. Eu vou procurar um apartamento aqui por perto. E não preciso do meu pai, que diferença fará? Nunca fiz falta na vida deles. Por que faria agora?
- Não quero me meter Jullia, mas a Bia está certa. Como vai lidar com tantas responsabilidades sozinha?
- Eu penso nisso depois, mas já está decidido. Naquela casa eu não fico mais.
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Meu Amável Vizinho
RomanceJullia Clarck aos 18 anos decide sair de casa pois não aguenta dividir o mesmo teto com sua madrasta. Mas o que ela não esperava era acabar dividindo um apartamento com Rafael Worthy, o típico bad boy que só vive em festas. Será que eles podem acab...