No capítulo anterior...
- Tudo bem... Você quer saber? Ok. Eu passei minha vida toda sendo criado por meu pai. E sabe por que? Porque minha mãe morreu no dia em que eu nasci! Até hoje eu me culpo por isso e meu pai também. Todo ano, no dia do meu aniversário, meu presente era uma surra do meu pai, me amaldiçoando por ter nascido. Com 13 anos eu fui morar com minha tia, pois meu pai tinha morrido se drogando. Ela me colocou em um colégio interno e só ia ver se eu estava vivo uma vez por ano. Aos 16 eu tive que sair de lá. Fiquei na casa dela, mas ela pouco se importava comigo. Viajava sem avisar, levava vários homens pra casa e me deixava trancado no quarto. Eu não tinha amigos, não tinha família, não tinha nada. Mas aí eu encontrei o Matheus. A mãe dele disse que eu podia ficar na casa deles o tempo que eu precisasse, ele me apresentou alguns amigos deles e eu comecei a ver o mundo de uma forma diferente. Larguei a escola por um ano e fiquei trabalhando na loja do pai do Math. E depois descobri que meu pai tinha milhões de euros no banco. Então voltei a estudar. Mas eu não podia ficar na casa do Matheus para sempre, então comprei um apartamento. E agora tenho que dividi-lo com uma loira linda e por ironia do destino, talvez eu esteja gostando dela. E... Espero que ela me entenda, e não fique com raiva de mim agora. - ele concluiu.
Ele estava chorando e eu também. Nunca pensei em ver o Rafael chorando, mas era um choro silencioso, como se apenas as lágrimas estivessem caindo. Agora eu me sentia culpada. Eu não tinha o direito de força-lo a falar isso. Estou me sentindo a pior pessoa de mundo.
- Me desculpa. Me desculpa, eu não... - solucei - Não imaginava... Eu... Me perdoa Rafael, eu não sabia... Não sabia... Não sabia...
- Tá tudo bem... Não é culpa sua... Eu tinha que contar isso pra você cedo ou tarde.
- Eu gosto de você Rafael... - beijei cada lágrima que escorria pelo seu rosto.
- Eu também gosto de você Jullia. - beijou minha testa.
- Vamos pro carro, não quero ficar doente de novo.
Entramos no carro e mandei uma mensagem pra Bia, falando que estava bem e que iria para casa agora. Mas espera. E como ela vai pra casa? Com o Rodrigo. E nós viemos como? Com meu carro. E onde está meu carro? No estacionamento. E onde eu estou? No carro do Rafael.
- Hey, para o carro.
- Por que?
- Meu carro tá aqui. Não vou deixa-lo no meio do nada.
- A Bianca não pode levar?
- Não confio em deixar meu carro nas mãos daquela louca. E além do mais, ela com certeza vai com o Rodrigo. - tento sair do carro mas ele me puxa. Oh menino que gosta de me puxar.
- Não. Não vou te deixar sozinha no meio da madrugada. Eu deixo o carro aqui, já que eu teria que voltar pra pegar os imbecis que não trouxeram carro e nós vamos no seu. Mas temos que procurar eles. Quer ficar aqui? Eu não demoro.
- Não, sem problema. Eu vou com você.
Então ele estaciona, nós vamos correndo pela chuva e entramos novamente no clube. 10 minutos depois, encontramos um dos idiotas. Math meu amor. O único ainda sóbrio. Rafael entrega as chaves pra ele e diz que se visse um arranhão eles iriam ser castrados.
Agora vamos procurar as outras donzelas. PUTZ! Tive que rir com isso. O Rô estava dançando com outra menina, chamando ela de Bia e de costas pra Bia (a verdadeira). E a Bia, estava de costas pro Rô, dançando com outro cara e o chamando de Rodrigo. Essas crianças...
- Hey seus incompetentes! - gritei e ambos me olharam.
- Jullia! Que saudade! Eu estava te procurando. Vamos tomar caramelo com feijão verde? - Rodrigo + bebida = (?)
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Meu Amável Vizinho
RomanceJullia Clarck aos 18 anos decide sair de casa pois não aguenta dividir o mesmo teto com sua madrasta. Mas o que ela não esperava era acabar dividindo um apartamento com Rafael Worthy, o típico bad boy que só vive em festas. Será que eles podem acab...