Capítulo 12

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  4 meses antes.

- Por aqui, vamos.. Vamos... - A chuva comecava a cair e a temperatura diminuía
consideravelmente.- Abuelita, cuidado. - Via a dificuldade da minha avó em andar pela floresta.

- Por que estamos fugindo Henrique?

- Não é seguro ficar aqui, Abuelita.

- Você é inocente, não devia estar fugindo.

- Eles jamais acreditariam.Venha, Juliano
está nos esperando na estrada.

- Eu não conseguirei chegar lá em cima,
Henrique.

- Não, não diga isso, Abuelita nós vamos
conseguir, por favor tente.

Seguimos em meio a escuridão, os passos
deveriam ser silenciosos, mas Abuelita não
conseguia devido a idade já avancada.

- Seja silenciosa.

- Estou tentando, filho.

Andamos mais um pouco, avisto o rio, faltava pouco para encontrar Juliano. Observo os carros passando no alto, seria necessário carregar Abuelita e... Meus pensamentos somem de minha mente quando vejo um carro rolar desfiladeiro abaixo..Uma..Duas.. Cinco vezes. Um corpo é arremessado e cai no rio antes do veículo atingir a água.

- HENRIQUE!- Abuelita grita.- Salve, salve.

Me lanço no rio, a água está congelando, o
corpo afunda e nado o mais rápido possível, seguro em uma mão gélida e começo a puxar para a superfície. A correnteza forte me faz soltar a mulher, mas consigo segura- la novamente. Puxo o mais forte que posso, Abuelita cai na água e me ajuda a levar a mulher desacordada até a margem.

- Tem outra.

Mergulho novamente, mas noto que a outra
mulher está morta,o pescoço dela parece
quebrado.
  

- Ela ainda está viva. - Abuelita dizia ao tocar de leve o corpo da mulher. - Tem muitos ossos quebrados.- olho para cima e noto uma figura vestida de preto, um homem parecia conferir algo, logo depois ele entrou em um carro e se foi.

- Viu isso? Acha que...

- Não é da nossa conta Abuelita,vamos
embora.

- E a mulher?

- Não podemos fazer mais nada por ela.

- Chame a emergência.

- Eu não tenho um telefone aqui e não podemos ser vistos.

- Não podemos deixar ela morrer aqui.

- Temos que ir.

- HENRIQUE!

- Não podemos fazer nada!

- Podemos leva - la conosco.

- O que?

- Você me ouviu!

- Abuelita...

- E uma ordem Henrique!

- E se ela morrer? Teremos que nos preocupar com um cadáver e isso irá me condenar de vez.

- Ela não vai morrer! Agora me ajude aqui. - Abuelita quebra algumas galhos e corta seu casaco molhado em tiras, com os galhos

ela imobiliza o braço quebrado, o restante das tiras ela usa para amarrar em volta das

costelas da mulher.

- Coloque ela em seu ombro, eu seguirei vocês.

- E muito perigoso.

- Obedeça!

Com a mulher nos ombros começo a escalar, ela é grande e pesada, Abuelita me ajuda o máximo que pode. Minhas costas doem e minhas mãos sofrem cortes ao segurar os galhos até chegar a estrada, felizmente não é tão alto e Abuelita consegue assim como eu superar a escalada difícil.

Chegamos a estrada, vejo o carro azul de Juliano parado, o pobre homem olha para os lados a todo momento.

- Juliano.. Juliano.

- Henrique fina.. Que loucura é essa?Ele corre para me ajudar ao ver o que trago comigo. - O que é isso?

- Uma mulher. Não sabe mais o que é?

- Isso não é hora para brincadeiras, coloquem ela no carro. - Abuelita dizia brava.

Coloquei o corpo da mulher no banco de trás, Abuelita seguiu ao lado dela, cobrindo seu corpo com um cobertor grosso.

- Aqui Juliano me entrega uma sacola. - Esses são os documentos de vocês, trabalho de profissional.

- Acha que teremos algum problema?

- Não, chegaremos ao Novo México sem dificuldades, basta a garota não morrer.
Juliano diz. - Ela não vai morrer, eu não vou deixar. -O que aconteceu com ela?

- Não sabemos, mas acho que vi um homem quando retirei o corpo da água.

- Ele viu você?

- Não, mas acho que ele estava conferindo se elas estavam mortas.

- Como sabe?

- Eu só sei. - Digo encarando os olhos de Abuelita.

- Nós fizemos um bem enorme hoje, Henrique, um dia você saberá disso.

- Ela acordou mano, abriu os olhos do nada. - Lucas dizia. - Abuelita está cuidando dela, você devia ver como ela ficou feliz.

- Ela disse alguma coisa?

- Abuelita ou Combatiente?

- Combatiente.

- Não, ela não conseguia dizer nada, então Abuelita lhe deu água e ela falou.

- O que ela falou?

- Abuelita ou Combatiente?

- A Combatiente, Lucas!

- Não consegui ouvir o que ela disse.

- Você é um inútil.

- Ora, estou aqui lhe avisando, não estou?

Não respondi, segui o mais rápido possível para casa, quando cheguei na moradia simples, encontrei Abuelita cuidando da mulher que nos últimos meses se incorporou a nossa família.

- Henrique, veja Me aproximo, os olhos que sempre vi fechados finalmente revelam sua cor, são castanhos, muito Castanhos e intensos.

- Cual es tu nombre? - ela olhava confusa para Abuelita.

- Acho que ela não fala espanhol. - Encaro a mulher que me encara de volta. - Qual o seu nome?

- Carolyna... Borges.

(...)

- Brilhante! Sensacional! - Hank sorria para mim. - Eu sabia que você não iria me decepcionar.

- Foi só um beijo, Hank.

- Não, isso foi o primeiro passo para a glória. - Você anda otimista demais.

- Não se trata de otimismo minha querida Allana, se trata de planejamento e tudo está
saindo como planejei.

- Seu grande plano é me fazer beijar Priscila? - Digo me servindo de vinho.

- Que mente limitada, assim você me deixa envergonhado. Esse beijo abrirá as portas para o seu casamento com ela.

- Casamento? - Me engasgo com a bebida.

- Não tema, você não ficará casada por muito tempo.

- Não ficarei?

- Acho que você ficará bem melhor no papel de viúva.

- Você vai...

- Não, eu não! Mas você minha cara, você matará Priscila Caliari e ficará com tudo que é dela.

- Eu não sou uma assassina!

- E a vida, Allana ou você mata ou você morre.

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