Cap 9: Presente de veneno

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Depois do longo dia de reuniões e edições de Santineli e AnaJu, finalmente finalizaram tudo às exatas 3:27 da manhã. Assim que tudo terminou, Anaju subiu para o terraço, sentada na ponta fumando um beck, estava frio.

Um tempo depois Tiago chegou, com um pacote de lanche, ele se sentou ao lado dela, lhe entregou um lanche, ela ergueu a sobrancelha curiosa.

Tiago: Só aceita, é vegano, tudo bem, imaginei que estava com fome.

Ela pegou o item e sorriu.

Anaju: Valeu. Quer um trago?

Tiago: Ah não, eu não fumo, obrigado.

Anaju: Você não fuma?

Tiago: Nunca encostei a boca num cigarro, senhorita.

Anaju: Ana, me chama de Ana, já pedi isso.

Tiago: Ana... ok, nunca relei a boca em um cigarro, Ana.

Anaju: Sério? Não parece. Por quê?

Ele acaricia sua velha aliança ao lembrar daquilo.

Tiago: Minha esposa, já tinha uma saúde muito fraca, se fumasse morreria facilmente... para não prejudicá-la como fumante passiva, nunca fumei, já tive alguma curiosidade, mas a saúde dela era mais importante.

Anaju: Uma linda atitude, fofo. Desculpe... não devia me entrometer tanto.

Tiago: Que nada, podemos conversar, não quero que tenha a impressão só de eu ranzinza, eu sei que pareci, não precisa disfarçar...

Anaju: Você? Não que isso, jamais.

Eles riem.

Tiago: Me surpreende você, vegana fumante.

Anaju: Meus cigarros e becks são veganos, sem problemas.

Tiago: Mas ainda matam.

Anaju: Vou realmente receber lição de moral? Eu sei os riscos, só não ligo.

Tiago: Tô ligado... só tô dizendo, se quiser morrer também não vou reclamar.

Anaju: Não vai se livrar de mim tão fácil, sou ruim demais pra morrer de forma tão simples. Vai me falar que não bebe também?

Tiago: Parei, diminui quando a Mônica nasceu e parei de vez quando virei pai solteiro, eu... não me sentia seguro bebendo, não sabendo que tinha uma menininha me esperando em casa, não sou o melhor com bebida... principalmente depois da Jun.

Anaju: Entendi, é o senhor certinho.

Tiago: EI, eu não sou certinho. Não que seja da sua conta, mas uso algo ilícito.

Anaju: O que?

Tiago: Chá de cogumelo, pelo menos uma vez ao mês quando a Mônica não tá em casa, sozinho com a ambientação certa, nada social, só porque me ajuda muito.

Anaju: Ela sabe?

Tiago: Sabe sim, mas nunca experimentou, ela pode quando for mais velha, mas pedi que fosse com supervisão e que falasse comigo antes. Viu? Não sou tão certinho.

Anaju: Claro que é.

Tiago: Como?

Anaju: Não bebe, não fuma, não sai pra baladas, não usa drogas socialmente e nem deixa sua filha usar sozinha, da as instruções e tudo. Não é ruim, é responsável, legal isso.

Presente do Destino - Tiago Santineli Onde histórias criam vida. Descubra agora