𝐈𝐧𝐨𝐜𝐞𝐧𝐭𝐞 | ABO - Soukoku

𝐗𝐕𝐈𝐈𝐈

"Eu não sei mais o que fazer." admitiu com a voz embargada, escondendo seu rosto em suas mãos, e isso fez com que chuuya sentisse um grande peso na consciência. Se não fosse por ele... Não. Ele não podia se culpar, aquilo foi tudo culpa do fyodor.

Abraçando-o com cuidado, permitiu de bom grado que o alfa chorasse contra seu peito. Aquele dia em específico havia sido um desastre para o moreno, que tentou falar com seus pais por não conseguir mais ficar daquele jeito. Infelizmente, nada saiu da maneira como planejou e dizer que foi chutado para fora da mansão do dazai's seria um eufemismo para a forma na qual foi tratado. Sua mãe estava furioso com a prisão do fyodor e seu pai não queria vê-lo desde que a verdade veio átona, e mesmo agora morando junto ao chuuya em sua casa, dazai não se via livre dos comentários ofensivos que vinham de sua família.

"Eu tentei de tudo..."

"Tudo vai ficar bem, acredite. Seus pais logo irão voltar atrás, eu sei disso."

"Isso é tão ruim... Eu tenho certeza de que não irão. Eles sempre tiveram preferência pelo-"

"Pais de verdade não sentem preferência. Amam igualmente cada um de seus filhos e os perdoam"

Fechando seus olhos com força, voltou a abraçar o omega, não tendo vergonha em admitir que somente nos braços dele se sentia seguro de qualquer coisa. Por mais que o julgassem pelo que aconteceu, dazai sabia muito bem que isso era a última coisa que chuuya era. Ao contrário do que diziam, ele não era frio e muito menos um "vadio". Eles não tinham culpa disso, eram companheiros! Fyodor sempre demonstrou que não iria reagir bem, mas a culpa tinha que ser mesmo deles?

"Se ele não fosse tão insistente..."

"Deixe isso para lá." disse, "Descanse um pouco. Tenho certeza de que quando acordar irá se sentir melhor."

E de fato foi o que aconteceu. Com o pedido do outro, dazai se deitou na cama e com um pouco de tempo conseguiu cair num sono profundo, o que deu a liberdade para o menor sair e resolver as coisas do
seu jeito. Saindo da casa com cuidado, chuuya trancou tudo e foi na direção de seu carro, tirando-o da garagem antes de fazer seu rumo para a mansão dos dazai's, completamente preparado para o que faria a seguir. Não sabia dizer se era pelo seu nervosismo ou de fato o caminho tinha sido rápido, mas dentro de uma hora estava estacionando na frente da mansão. Saindo do carro, se direcionou até a porta, onde tocou a campainha e esperou até que fosse aberta. Dentro de dois minutos, no máximo, uma empregada veio abrir, mas ao ver quem era, quase fechou de imediato pela regra dada, porém chuuua foi mais rápido e adentrou a mansão com passos confiantes.

"Mori . Tane. Apareçam" pediu, pela primeira vez odiando o fato de ser tão rude. Parando na sala, olhou em volta, na espera dos dois, que logo apareceram no início da escadaria.

"Tamanha falta de vergonha, não acha?"

"Precisamos conversar"

"Não há nada para conversar, nakahara"

"Meu irmao irá tirar fyodor da cadeia"

"Não precisamos de sua aju-"

"É o mínimo que posso fazer para me redimir com o Fyodor." cortou, escolhendo ser visto como o único errado para poder ajudar o dazai. "Sei o quanto estão sofrendo porque vejo o quão triste dazai está."

"Ele não estaria triste ou com a consciência pesada se não tivesse enganado o próprio irmão por causa de um omega." disse Tane, tudo nela demonstrando total desprezo perante ao omega no centro de sua sala.

"Ele não teve culpa de nada, foi tudo minha. É por isso que vim aqui, quero que parem de tratá-lo como errado quando sempre fui eu o tempo todo."

"Admiro sua coragem, vadia. Mas não vamos engolir mais mentiras, principalmente se vierem de você."