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Com passos cuidadosos e calculados, Fumiya via-se tentando sair do colégio sozinho novamente. Por motivo particular, o professor que teria as duas últimas aulas teve que faltar e isso fez com que sua turma largasse cedo. Isso era uma raridade que sempre trazia muita felicidade para si e para o restante da turma. Mas o seu maior problema é conseguir sair sem que o vigia perceba e o coloque para dentro de novo. O motivo? Sua mãe havia sido alertado pela diretoria sobre suas fugidas, e acabou pedindo para que ele não fosse liberado sozinho, somente com acompanhante.

Quando se aproximou da saída, já sentindo o ar da liberdade vir contra seu rosto, ele foi parado por uma mão em seu ombro. "Fumiya Nakahara dazai. Tentando sair novamente, garoto?" questionou o vigia, que já o conhecia bem o suficiente para ter seu nome decorado.

"Eu-"

"Ele está comigo." disse Verlaine ao aparecer na porta, sorrindo quando o garoto o encarou surpreso. "E antes que pergunte, eu iria te buscar mais cedo hoje. Foi sorte ter largado assim não terei que aguentar Foi sorte ter largado, assim não terei que aguentar o Chuuya reclamando sem parar."

"Tio." disse, ainda duvidoso do motivo pelo qual o mais velho estaria ali. "Ele falou algo?"

"Não precisou. Mas por hora isso não é importante. Estou te levando para ver alguém" explicou brevemente. Voltando sua atenção para o porteiro, ele o agradeceu. "Obrigado e tenha uma boa tarde. Vamos, Fumiya. O caminho é longo."

Após o mesmo ter saído de dentro do colégio, foi arrastado pelo tio até seu carro. "Entra aí e coloca o cinto."

Quando ambos já estavam dentro,verlaine pegou a chave e ligou o carro. Dando ré para sair do estacionamento, ele dirigiu na direção que conhecia muito bem. E o silêncio do mais velho fez com que Fumiya ficasse com um certo medo. Seria agora que seu tio explodiria e falaria algo sobre sua discussão com sua mãe? Ou ele apenas vai fazer o que disse e deixar de lado por hora? Se for isso, para onde ele estava o levando?

"Tio, onde estamos indo?"

"Ver uma pessoa"

"Quem?"

"Você saberá quando chegarmosAté lá, fique quietinho aí pensando nas suas últimas ações, que eu ficarei na minha pensando na merda que estou prestes a fazer e no resultado catastrófico que terei."

Perdendo a coragem de perguntar o que significava tudo o que havia ouvido, Fumiya  pegou seus fones e o celular, colocando a primeira música que viu para tocar. E enquanto se perdia no mundo da música, Verlaine estava receoso. Era óbvio que o que estava fazendo era errado. Verlaine era apenas tio, não pai ou mãe. Mas algo nele dizia que tinha que fazer isso, então ele faria.


"Estou tão feliz, Chuuya. Eu mal consegui dormir ontem de tanto que me imaginei saindo daqui e esquecendo todos esses anos preso" disse dazai com um sorriso bobo estampado em seu rosto, não deixando que as lágrimas que ameaçavam cair saíssem de seus olhos. "Eu quero tanto poder voltar pra casa. Ficar com você, com o nosso filhote. Eu sinto tanta falta de tudo, Chuuya"

Mesmo com seus olhos lacrimejados, O ruivo permaneceu forte frente ao seu alfa. E com um sorriso em seus lábios, ele disse: "Logo poderemos recomeçar de onde paramos."

Desviando seu olhar,dazai negou. "Por mais que eu queira, não poderei esquecer o que Fyodor fez comigo tão facilmente. Ou melhor, conoscoPode parecer maluquice da minha parte, mas eu só pararei quando eu vê-lo atrás das grades ou então morto"

"Dazai..."

"É o meu direito. Eu só tentei ajudá-lo. Era o irmão que eu tanto amava, e ele fez isso comigo. Eu não consigo perdoá-lo novamente."

𝐈𝐧𝐨𝐜𝐞𝐧𝐭𝐞 | ABO - SoukokuOnde histórias criam vida. Descubra agora