𝐗𝐈𝐈

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"Peço para que repense em sua decisão, senhor Dazai. Tanto eu preciso de você, quanto você precisa de mim. Lembre-se que sou um grande empresário." disse sem sequer esperar por uma continuação por parte do Chuuya, que ao ouvir tudo aquilo, bufou uma baixa risada e voltou-se a sentar.

Não demonstrando nada em relação a afirmação do velho alfa, ele apenas pegou seu notebook e abriu na ala de documentos, não mantendo contato visual em momento algum mesmo quando começou a falar. "Não há nada para repensar. O senhor sabe muito bem o quão importante é não guardar segredo algum de seu advogado, e mesmo assim fez. Então peço, gentilmente, que procure outro. Serei gentil ao te deixar sair com uma parte do trabalho feita sem cobrar nada."

"Eu tive meus motivos para não contar. Sabia das chances de você não pegar o caso se soubesse da gravidade-"

"Errado. Se tivesse jogado a limpo comigo, eu teria sim aceitado o trabalho. Mas você preferiu me manter no escuro e, graças a isso, minha casa foi invadida e meu filho passou por um grande sufoco" dito isso, ele olhou diretamente nos olhos do homem, não se importando se aquilo fosse ofensivo ou não para o alfa. "Odiei ver meu filho naquele estado. E ao contrário de você, eu deixei meus verdadeiros sentimentos bem claro naquele telefonema."

Estalando sua língua em irritação, o homem se viu aproximando-se da mesa para se sentar na outra poltrona, tendo seus movimentos acompanhados pelo olhar atento do Chuuya "Sei que pisei na bola, mas considere. Seu filho está vivo, certo? Seria pior se não tivesse."

Percebendo que usou as palavras erradas pela forma como a pupila do omega dilatou com sua "ameaça", mesmo não sendo essa sua verdadeira intenção. "Espera! Não foi isso que quis dizer. Eu nunca ameaçaria um garoto, inferno!"

"Estou perdendo a paciência." disse categoricamente, e a frieza em seu timbre trouxe arrepios para o outro. O som da copiadora xerocando era ouvido pelos dois, mas nenhum se incomodou com isso.

"Repense. Esse trabalho pode acabar sendo um estopim para uma melhora bem agradável para você profissionalmente."

"Bonito de sua parte se preocupar com o meu lado profissional, mas não. Não confio em você. Não confio em suas palavras. Mas confio em minha intuição."

"E o que ela diz?"

"Desista do caso" falou de uma maneira monótona, o brilho mortal em seus olhos lhe davam uma aparência a ser temida. "Não há estopim se houver problemas com minha família."

Quando estava prestes a falar algo, o homem se calou quando a atenção do Chuuya se voltou para o celular que havia começado a tocar. Franzido o cenho, ele o pegou de cima da mesa enquanto fazia um sinal com a mão para que o alfa esperasse. Dando as costas para dar-lhe privacidade, o homem respirou fundo, sabendo que tinha que manter a calma se quisesse contornar a situação em que estava. Cruzando seus bracos. ele espiou as acões do omega pelo canto do olho.

"Eu estou numa reunião importante." dito isso, ele deu um tempo para que ela explicasse o porquê de ter ligado. Aparentemente, isso só serviu para irritá- lo.

Observando-o com uma certa admiração, Fukuchi coçou suavemente sua barba. De fato, aquele omega era incrível. Havia notado antes o seu charme seduzente, mas só agora que resolveu prestar mais atenção. Sem conseguir tirar o olhar dos belos cachos ruivos, ele não pôde impedir sua mente de imaginar coisas mais... Quentes conforme seu olhar descia pelas costas do omega. Ele não podia perder essa chance. Esse omega tinha que estar ao seu lado.

"É o meu marido. E sim, ele saiu ontemPor favor, trate-o bem e responda todas suas dúvidas. Ele quer muito saber do Fumiya." dito isso, ele virou-se para enfrentar o outro, franzindo o cenho quando notou seu olhar persistente. "Preciso desligar agora"

𝐈𝐧𝐨𝐜𝐞𝐧𝐭𝐞 | ABO - SoukokuOnde histórias criam vida. Descubra agora