𝐗𝐕𝐈

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Saindo do carro, Dazai apressou seus passos para sair do estacionamento e chegar o mais rápido possível na sala onde Fumiya estava. "Tsk.", que garoto complicado, pensou com uma certa impaciência, já que quando a diretora ligou para seu número a primeira coisa que ouviu foi que seu filho estava se tornando um malcriado e rebelde. E isso era a última coisa que queria ouvir naquele momentoAntes disso, seu humor estava nas alturas, tinha sua liberdade agora e finalmente poderia seguir sua vida como um homem livre ao lado de sua família. Mas bastou somente uma ligação para estragar seu clima, e como se Verlaine já soubesse o que tinha acontecido, ligou para Claire e logo lhe deu a notícia. Seu filho estava no hospital. Claro, ele ficou furioso. Durante quatro dias, Fumiya tinha semi integral e em nenhum deles veio visitá-lo, mas do nada decidiu vir justamente no dia que era integral. Ele não iria escapar dessa vez. Tinha que ter uma boa explicação, pois Osamu não daria o braço a torcer. Chuuya está doente, e ele estava no tribunal resolvendo algo que determinaria de vez sua liberdade. Eles não tinham tempo, no momento, para estarem se preocupando com rebeldia descontrolada de um pré-adolescente.

Quando pôs os pés dentro do hospital, foi recebido pela vista de Claire e kansuke parados em frente ao elevador, como se estivesse lhe esperando. O olhar distante da mesmos os entregava, Claire estava preocupada com algo e isso era claro, mas logo disfarçou quando viu o moreno vindo. Com um sorriso caloroso estampado em seu rosto, abriu os braços de uma maneira delicada, chamando o tão querido genro para um abraço. Apesar de não estar mais num clima legal, ele acabou sorrindo por não conseguir manter sua raiva quando a mulher acabada pelo tempo estava por perto. Para falar a verdade, Claire era tão legal e compreensiva, que era considerada como uma segunda mãe para ele.

"Dazai, querido!" chamou suavemente, o que amoleceu o coração que estava duro pela irritação que sentia.

Sorrindo de uma maneira doce, Dazai a abraçou, quase sendo esmagado quando ela devolveu o abraço. "Estou feliz que tudo ocorreu bem"

"E-eu também" falou quase sem ar, suspirando de alívio quando ela soltou sua cintura e ele se viu livre
daquele aperto. "F-"

"Conversaremos no caminho, vamos"falou kansuke.

Apertando um botão do elevador, eles entraram junto ao moreno. Já dentro, voltou a apertar outro botão, dessa vez para levá-los ao andar em que Chuuya estava. "Comece."

"Dessa vez eu pego aquele pirralho. O que ele pensa que está fazendo? De onde veio essa impulsividade absurda?! Ele me deve uma boa explicação. Moleque safado, não sabe cumprir acordos" resmungou emburrado, o que fez seus sogros sorrirem ao revirar os olhos.

"Parecido com você, certo?" Disse kansuke.

"Sim. Quer dizer, não. Um pouco, mas... Isso não vem ao caso, kansuke!" choramingou, fazendo beicinho quando o mesmo riu.

"Você não muda nunca, Dazai. E isso é bom. Muito bom mesmo." disse num tom gentil, "Agora, me prometa que não será bruto com o Fumiya."

"Ma-"

"Aquele garoto é o filhote de vocês todinho, não percebe? A teimosia sua, a impulsividade do Chuuya esteve sofrendo nos últimos dias, Dazai. Ele é alguém muito orgulhoso, entende? Talvez ele tenha ficado com algo ressentido em seu coração e não quisesse vir vê-lo, mas... Fumiya não dorme ou come direito há dias. Ele não quer demonstrar, mas é alguém que tem apego a mãe. Dê um pouco de crédito a ele."

"Mas... O que o faria não querer vir? Eu sinto que tem muita coisa não sendo contada a mim, Kansuke. Mas eu vou descobrir."

Desviando o olhar do moreno, ele continuou: "Ouvimos a conversa deles. Fumiya ouviu sobre a possibilidade dele ter tentado se dopar"

𝐈𝐧𝐨𝐜𝐞𝐧𝐭𝐞 | ABO - SoukokuOnde histórias criam vida. Descubra agora