JH| imagine

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Mais um dia normal na cidade tranquila de Morioh.

— A aula de hoje foi tão cansativa. Não acha? — resmungou, enquanto caminhava. Ela provavelmente já estava dando início ao 3° assunto em menos de 5 minutos de caminhada.

— Pra você, qualquer coisa que não seja do seu interesse é cansativa, Lisa.

— mas dessa vez nós ao menos concordamos sobre o dever de casa? — olhou esperançosa para a morena.

As duas adolescentes continuavam conversando pelas ruas de Morioh, cumprimentando os conhecidos que passavam por elas. O lugar estava calmo como sempre, apesar do calor que estava fazendo, nada naquele dia iria afetar o humor daquelas duas. Lisa resmungava na mesma medida que falava, ela era tão tagarela que deixava os tios da jovem Higashikata no chinelo.

— dessa vez, sim.— deu de ombros.

— poderia repetir essa frase, por favor.

— por que? — perguntou, observando sua amiga retirar o celular de dentro de sua mochila. A expressão de curiosidade em seu rosto sumiu, dando lugar a uma careta séria, com direito a famosa erguida de sobrancelha.

— é que não gravei e ninguém vai acreditar em mim se eu disser que a nossa representante de sala, a aluna nota máxima de toda Morioh, concordou comigo em alguma coisa.

— não sei porque ainda dou corda para as suas paranóias.— suspirou, se esquivando das tentativas da outra de filmá-la.

Ela se parece tanto com o tio Okuyasu que às vezes é impossível não acreditar que não sejam parentes. — [nome] deduziu em seu pensamento.

— não fique chateada comigo.— um bico singelo se formou em seus lábios. Lisa conhecia sua amiga tão bem que conseguia facilmente dizer o que ela estaria imaginando.

— eu não estou.

— E o que tanto te incomoda?

— além de você? — apontou para a amiga, recebendo um tapa no ombro como resposta.— aí, eu estava brincando.

— não teve graça.— cruzou os braços. — mas me conta, o que tá te incomodando?

Ela é literalmente a versão feminina do tio Okuyasu.

— É esse dever de casa.

— é um dever normal, não?

— é, mas existe um porém. A nossa professora pediu para que falássemos sobre o relacionamento dos nossos pais, e para mim em específico ela pediu para caprichar.

— Ela é estranha, não é? Parece ter algum tipo de interesse na sua família...

— não seja tão negativa. Provavelmente ela só queira que eu capriche porque eu sou a número um de Morioh e sou aluna dela.

[Nome] Higashikata

Lisa é muito desconfiada quando o assunto está diretamente relacionado com as atitudes da nossa professora, ela cisma em alegar que ela não é uma santa. Desconfio que esteja ficando paranóica.

— Ela não me engana. Não desde que eu peguei ela admirando os seus pais daquela forma esquisita.

Revirei meus olhos, não adianta tentar argumentar com alguém que é tão teimoso por natureza. O restante de nossa volta para casa foram só mais acusações da Lisa sobre a professora estar obcecada pelos meus pais, ela nem mesmo se deu conta de que havíamos passado da minha casa.

— não há necessidade dessa preocupação toda, a minha mãe pode lidar com ela sozinha se for necessário .

— Falando nela. A senhora Higashikata ainda não ligou... espere, passamos pela sua casa já faz alguns segundos.

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