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—mas que pergunta mais avulsa.

—não respondeu minha pergunta.

—sinto por Noah o que todos os seus donos sentem por seus escravos, desejo,apenas isso.

—se segure pois Noah não é qualquer escravo,é o favorito de sua mãe.

—isso é patético, uma sinhá chamar um escravo de filho.

—é o prazer dela,não vamos contrariar.

—vou me banhar,até logo.

—hum! Eu já vou...

Joana sobe as escadas e vai até o quarto de Marcelo.

—senhorzinho... Mamá... nhonhô...

—o que quer? Vou me banhar.

—o senhor não quer compainha?

—a companhia que quero está lá embaixo agora some!

Ele bate a porta na cara de Joana que desce furiosa,ela ver Noah fazendo uma sopa pra Isabel e vai atormenta-lo.

—desgraçado!! Maldito!! Por sua culpa o senhorzinho Marcelo não me quer mais!!

—Joana,eu não tenho culpa...

—tem sim!! Eu estou cansado das pessoas só querer você, se faz de coitadinho e ingênuo mas é uma cobra!!

—Joana você está muito nervosa,se acalma.

—agora o senhor Noah quer mandar nos meus sentimentos? Folgado! Não esqueça que você é um escravo bastardo que nem seu pai te quis.

—não me diga coisas feias Joana,eu gosto muito de você... crescemos juntos.

—claro,você no casarão e eu na senzala.

—vou levar a sopa para minha mãe, se acalma.

Noah sobe com a sopa de Isabel.

—mamãe, hora de comer. A senhora não comeu nada...

—não tenho fome filho.

—tem que comer mamãe, por favor.

—ah! Está bem,mas só um pouco.

Em outra fazenda os Soares jantavam.

—Matilda,filha,saiba que eu aprovo seu casamento com o Marcelo.

—jura papai? Ah,papai eu te amo tanto e estou tão feliz!! Agora falta ele pedi minha mão  ao senhor.

—ele vai,meu compadre também apoia esse romance.

—e eu? —Clemente pergunta.

—arranja uma mocinha e veremos.

—eu quero o Noah.

—além do Noah ser um escravo é um homem,não vai se casar com um garoto!! Eu não aceito um filho rasga manga!!

—isso não me faz pior que alguém, eu me apaixonei pelo Noah e quero me casar com ele.

—chega dessa conversa!!! Eu já disse Não!

—perdi a fome.

Clemente se levanta da cadeira e vai para seu quarto.

Ainda naquela noite Noah,no jardim,observava as estrelas e seu pai se aproxima.

—filho...

—papai!!

Eles se abraçam.

—como está Isabel?

—ah! Pai... estou tão preocupado,ela está muito doente.

—se ela morrer não vou deixar você nas mãos desses animais.

—papai eu sou escravo deles.

—antes de tudo é meu filho,e tenho uma proposta e não aceito um 'não' como resposta.

—qual?

—se Isabel morrer vamos fugir daqui.

O Escravo Noah | Romance GayOnde histórias criam vida. Descubra agora