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Joana vai até Fernando.

—tu vai fugir?

—vou! Mas vê se não conta a ninguém em Joana!

—me leve com você Nando,por favor.

—você é muito má Joana,maltrata o Noah.

—sempre Noah!! Estou cansada em ouvir tu só falar desse branquelo exibido! E eu? Onde fico na sua vida?

—você já foi dona do meu coração um dia Joana,mas hoje não sinto mais nada.

—faz isso comigo não preto,me leve com você por favor... —ela chora.

—chora não moleca,assim não aguento.

—eu prometo me comportar,mas leva eu!

—diacho! Então tá bom,hoje  no acabar da noite eu te espero.

Joana sorri e corre pra senzala até Noah,o ruivo estava suado e com os lábios brancos,sentia dores nos braços, fome e sede.

—tenho uma notícia pra você.

—qual?

—eu e o Fernando vamos fugir,juntos... pra bem longe.

—espero que ocorra tudo bem.

—mas você... vai ficar aqui,preso,maltratado e usado por senhorzinho Marcelo.

—isso te deixa feliz?

—muito! Em pensar que você achou que se casaria com um príncipe ah!ah!ah!

—o que fazem comigo é uma maldade sem fim... não vê isso?

—não, não vejo não. Tchau coisa ruim!

De madrugada Joana esperava Fernando na porta da senzala mas o homem não aparecia.

—fazendo o que aí Joana uma hora dessa?

—o Fernando tio Pedro,marcou de fugir comigo e ainda não chegou.

—mas pode desistir então mode que ele já foi faz tempo.

Joana lacrimeja os olhos segurando sua trouxa de roupas.

—não, ele não ia fazer isso comigo.

—mas fez e agora ocê tá sozinha Joana,sozinha.

Joana se senta no chão e chora.

—maldito!!! Fernando!!!

No dia seguinte Bernardo vai até o Palácio.

—Dom Pedro e senhora Leopoldina desejo falar com vossas altezas.

O casal e Isabel ,a princesa, vão ao salão e aceitam a visita de Bernardo.

—pois não.

—o príncipe José Antônio, meu amigo, vosso filho,está há dois dias de febre em uma cama.

—o que meu filho tem? —Leopoldina pergunta.

—é uma doença invisível, nenhum médico achou a causa de sua doença.

—que horror. —Pedro diz

—ele não come nem bebe e não para de falar no nome de Noah.

—Noah?

—o escravo por quem ele se apaixonou.

—quero ver ele! —Pedro diz se levantando do sofá apoiando-se em sua bengala.

—vamos senhor.

Mais tarde Noah é levado pra o tronco para ser chicotiado.

—hoje quero ver se vai me resistir,Noah... meu Noah.

Noah é acorrentado no tronco e Marcelo rasga a blusa do ruivo nas costas.

—como posso conseguir marcar essas costas que parece porcelana francesa.

Noah não diz nada,apenas deixava as lágrimas rolarem em seu rosto.

—diga!! Diga que não quer,diga que aceita ser meu,diga!! E eu te solto e me caso com você Noah.

—...

—é por causa dele não é?

—pode cortar minha pele,dilacerar minha carne mas meu coração pertence somente a ele.

Marcelo pega o chicote da mão de Francisco e mira nas costas de Noah,mas desiste.

—eu não consigo!! Maldito Noah!!

Pedro e Leopoldina chegam na casa de José Antônio e encontram o jovem delirando com um doutor do lado.

—meu filho!! O que ele tem? —sua mãe se desespera segurando a mão do loiro.

—o príncipe José Antônio está com febre alta e delirando não para de chamar um tal de Noah.

—Noah... Noah...

—calma meu amor... —sua mãe diz.

—é o cúmulo, na beira da morte e chamando por um escravo.

—será que nem na doença do seu filho deixa de ser intolerante?

—o que José Antônio tem?

—é uma doença invisível, nenhum médico por mais renomado que seja sabe o que ele tem porém...

—porém o que? —Pedro pergunta.

—seu problema tem a ver com esse tal Noah.

—vou chamar os escravos para buscarem meu filho e leva-lo para o Palácio. —Leopoldina diz.

O Escravo Noah | Romance GayOnde histórias criam vida. Descubra agora