12

604 49 1
                                    

—Marcelo por favor,é a vontade de sua mãe.

—mas não é a minha!!

—filho você pode ter o escravo que quiser.

—pois bem,eu quero o Noah.

—o Noah está fora de cogitação!

—vamos ver...

Marcelo sobe pra seu quarto e Henrico respira fundo ficando pensativo.

Isabel estava novamente com febre e dormia.

Marcelo entra em seu quarto e se olha no espelho:

—Noah é meu,meu!

No dia seguinte Noah cuava o café,a mesa estava repleta de alimentos para o café da manhã.

—o que o senhor Marcelo fazia no teu quarto ontem? —Joana questiona.

—nada de útil...

—você pensa que me engana? Essa cara sonsa se fazendo de bom moço.

—Joana eu sou o que demonstro ser.

—sei...

Henrico acorda e acaricia o rosto de Isabel.

—bom dia minha rainha.

—bom dia marido,dormiu bem?

—preocupado e você?

—nada bem,todo meu corpo dói...

—o doutor disse que você tem que repousar.

—e o Noah?

—está na cozinha.

—marido,antes de eu morrer quero o Noah livre.

—você não vai morrer querida, eu não vou deixar.

Noah então sobe as escadas,levava uma bandeja com café da manhã para Isabel.

—mamãe, trouxe aqui seu café e quero que coma tudo.

—não tenho fome filho...

—mas tem que comer mulher,quer morrer antes do Noah ser livre?

—isso não, eu farei um esforço.

Noah serve a sopa na boca de Isabel e logo depois serve o suco de laranja.

—isso,coma bem...

Isabel come metade da sopa e toca a mão de Noah.

—eu quero te ver livre mas ao mesmo tempo não quero te perder.

—a senhora nunca vai me perder minha mãe, a senhora foi a mãe que não tive e eu te amo muito.

—também te amo meu filho.

Noah tira a bandeja de cima de Isabel e a leva para a cozinha,lá ele põe a bandeja em cima da mesa.

—Noah,quando minha mãe morrer será meu,tem noção disso? Isso me deixa eufórico de felicidade.

—o senhor fala da morte da sua mãe com tanta frieza senhor Marcelo.

—eu te quero tanto Noah,não vê isso?

—é apenas um desejo,isso passará senhor.

—não é desejo,é amor Noah.

—o senhor não sabe o que está falando senhor Marcelo.

Henrico se senta na sala e fuma seu cachimbo.

—Noah!!

Noah sai da cozinha e vai até a sala.

—senhor?

—chame o capataz Francisco.

—sim senhor.

Noah sai do casarão e vai até a senzala,na frente dela Francisco descansava e o ruivo se aproxima.

—seu Francisco o coronel Henrico te chama.

—estou indo...

Noah não entra na senzala e o feitor bebia água em um galão de couro costurado,Joana vai até o ruivo.

—olha quem veio visitar os escravos,o filhinho predileto da sinhá.

—eu também sou escravo Joana.

—pois não parece,anda com o nariz empinado se achando melhor que nós tudo.

—isso não é verdade,eu não me acho melhor que ninguém.

—deixa o Noah em paz Joana,que coisa. —Fernando diz.

—mas preto ele merece!

—eu vim aqui ver a tia Maria.

Maria fazia um pirão para os escravos.

—tô aqui filho,o que foi?

—preciso falar com a senhora a sós.

—fale!

—meu pai quer fugir comigo caso minha mãe morra,o que faço?

O Escravo Noah | Romance GayOnde histórias criam vida. Descubra agora