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—Bruno! —José Antônio se espanta.

—olá senhor Bruno...

—o que faz com esse indigente?

—eu não permito que fale assim do Alfredo.

—nós nascemos pra ficarmos juntos.

Bruno desce do cavalo e abraça o príncipe de Bragança.

—por favor meu amor,eu posso te fazer muito feliz.

—eu já sou feliz com o Alfredo,Bruno. Perdão...

—ainda ficaremos juntos José, eu juro! E você seu sem sal ficará longe dele!

Bruno monta em seu cavalo e galopa,José Antônio abraça Noah e beija o topo de sua cabeça.

Um mês depois Noah e José Antônio estavam cada vez mais felizes e falavam de casamento,porém Noah pensava em dizer a verdade para o loiro.

—meu pai!

—diga filho.

—eu penso em dizer toda verdade ao José Antônio.

—não! Não pode fazer isso filho.

—mas não é justo enganá-lo tanto tempo meu pai.

—se case com ele e assim dirá a verdade.

Na casa de José Antônio os empregados organizavam a festa para Noah.

—quero que esteja tudo perfeito. —o príncipe diz.

Marcelo fazia mais cartazes e colocava nos jornais sua descrição.

—eu vou te encontrar Noah,nem que eu tenha que revirar pedra por pedra eu vou te achar.

A noite todos chegam a festa,Bruno estava se arrumando em sua casa e sua mãe comenta:

—é loucura você ir,o detesta.

—tenho que ficar perto do José, minha mãe. —ele diz passando creme no rosto.

Mais tarde todos chegam a festa e Noah logo entra com seu pai e é aplaudido, usava uma blusa rosê e calça branca,botas pretas e um colar com uma pequena cruz.

José Antônio não se controla e sorri indo até o jovem e lhe pega sua mão o levando para o salão.

—meu amado me concede essa dança? —José Antônio diz.

—com muito prazer... vossa alteza.

Eles dançam juntos e o príncipe aproxima seu nariz do pescoço de Noah e diz.

—seu perfume é mais agradável do que um campo de lavanda.

—gentileza sua José Antônio...

—eu te amo tanto Alfredo, tanto...

Bruno bebia licor e demonstrava seu ódio por Noah,seu ciúmes e inveja eram notáveis.

—maldito Alfredo,mas você me paga eu juro!!

—se controla Bruno,calma meu filho.

—impossível minha mãe!

Depois da dança Noah toca um pouco de piano e todos ficam encantados com a cena. Ao terminar ele fica junto a José Antônio,o príncipe bate o garfo na taça de vinho.

—caros amigos e amigas aqui presentes,quero anunciar um acontecimento muito importante, a maioria deve saber que sou diferente da maioria dos homens,então, quero informar que estou noivo do Alfredo Sales.

A maioria se espanta e alguns aplaudem mas Bruno chora em silêncio demonstrando ódio cada vez mais forte.

Noah sorri e é beijado por seu noivo,mas seu sorriso se desfaz com a chegada de Francisco e seus capangas no salão.

—bom noite! —Francisco diz tirando o chapéu.

—boa noite,quem são os senhores?

—alteza... somos capitão do mato e feitor e estamos em busca de um escravo.

—vieram no lugar errado,aqui não tem nenhum escravo.

—vossa majestade se engana,o garoto de cabelos laranja e olho azul è escravo da fazenda dos Montenegro.

—impossível.

Noah abaixa a cabeça e chora.

—leia esse jornal.

—deixe-me ver! —Bernardo arranca o jornal da mão do feitor e ler em voz alta. —atenção! Escravo fugido,fugiu da fazenda dos Montenegro. Baixo de tamanho,cabelos laranjas,olhos azuis,boca vermelha,nariz bem feito e pele clara chama-se Noah de dezessete anos.

Noah chora cada vez mais e Bruno sorri se alegrando.

—agora ele deixará esse escravo por mim!!

—é verdade Alfredo?

—... sim... mas eu ia te contar eu juro.

—calma meu amor,eu te entendo... ninguém vai nos separar eu juro!

O Escravo Noah | Romance GayOnde histórias criam vida. Descubra agora