O sarau do príncipe.

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A noite todos e todas estavam no salão, mulheres usavam seus melhores vestidos e joias caras. Os homens seus mais belos ternos.

Então Bruno chega e usava uma linda roupa,calça bege e uma camisa branca de seda.

—José Antônio, sua festa está linda.

—você também está muito lindo Bruno.

José Antônio não parava de olhar a porta esperando Noah. Então todo o salão para com a chegada do escravo que estava belíssimo.

José Antônio brilha os olhos com a tamanha beleza do ruivo

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José Antônio brilha os olhos com a tamanha beleza do ruivo.

—que ser mais lindo. —uma das convidadas comenta a outra.

—nem parece real...

—deve ser parente do príncipe.  —comenta outra.

José Antônio vai até Noah e toca sua mão.

—em toda minha vida nunca vi algo mais lindo e meigo como você.

—gentileza, sua alteza.

—me dá a graça de tira-lo para dançar?

—claro...

José leva Noah até o meio do salão e todos observavam,mas Bruno não disfarçava seu ódio e inveja de Noah.

—não acredito que ele tirou esse sem sal para dançar!

—filho controle-se.

Noah dançava com o príncipe e sorria timidamente.

—qual é sua idade?

—dezessete mas o próximo mês farei dezoito.

—e eu darei uma linda festa.

—não precisa se incomodar...

—não é incômodo, é de coração .

Na fazenda Marcelo quebrava tudo,Francisco vai até o homem.

—senhorzinho,disseram que viram um garoto ruivo de olhos azuis indo para o sul.

—revire até a última pedra mas traga o Noah!! Não o machuquem quero eu mesmo fazer isso.

—pode deixar senhorzinho.

Matilda volta a fazenda dos Montenegro e encontra seu marido fumando charuto.

—meu marido, eu soube o que aconteceu e vim ficar ao seu lado.

—eu vou trazê-lo de volta eu juro!

—pelo amor de Deus Marcelo esquece ele,tem tantos escravos,nem vai fazer diferença.

—Noah faz toda diferença!

Enquanto isso na festa,Noah para de dançar com José Antônio e vai para o canto do salão, Bruno vai até o mesmo.

—quem é você e de onde surgiu?

—sou o Alfredo e sou novo na cidade.

—vou deixar uma coisa clara pra você... o José Antônio é meu entendeu?

Noah apaga o brilho do olhar e acena com a cabeça afirmando.

No final do sarau José Antônio vai até o ruivo

—Alfredo!

—senhor?

—não esquecerei de você então  não se esqueça de mim...

—não esquecerei...

No dia seguinte Noah fazia café para seu pai e ouve som de galope,ele sorri e vai até a porta. Lá estava José Antônio sorrindo para o ruivo.

—Alfredo,quer dar uma volta de cavalo?

—sério?

—sim!

—vou falar com meu pai e já volto.

Noah entra na casa e seu pai o olha.

—o príncipe José Antônio me chamou para galopar...

—não sei filho, não é bom se expor dessa maneira.

—tomarei cuidado,deixa eu ir meu pai.

—está bem mas não vai pra longe.

—sim senhor! —ele beija seu pai no rosto. —até mais.

Noah sobe na garupa do cavalo de José e o loiro diz:

—pode me abraçar pra não cair.

Noah abraça José Antônio e sorri,eles galopam sentido a brisa do vento em seus rostos,logo param embaixo de uma árvore, ele ajuda Noah a descer. Ambos sentam na grama e José elogia mais uma vez o ruivo:

—seus olhos é como o céu sem nuvens,sua pele branca e macia como a mais bela pluma,sua boca tão desenhada. Eu posso afirmar que estou apaixonado...

—acabamos de nos conhecer,tem certeza disso?

—com toda certeza do mundo.

Noah abaixa a cabeça envergonhado e o mais velho levanta seu queixo.

—vou pedir ao seu pai para lhe fazer a corte.

—faria isso?

—farei.

O Escravo Noah | Romance GayOnde histórias criam vida. Descubra agora