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Leopoldina entra na carruagem com expressão de preocupada.

—não acredito!

—também não acredito,ficou doente falando o nome daquele escravo.

—não falo disso!! Falo do seu descaso,deixe o José Antônio ficar com esse escravo.

A carruagem chega na frente do palácio.

—não deixo! Jamais um filho meu se casará com um escravo,não aceito!

—então veja diante dos seus olhos seu filho morrer!! E se isso acontecer eu jamais te perdoarei!!

Dom Pedro entra e sua filha mais velha vai de encontro a ele.

—então meu pai?

—está muito doente, nem abre os olhos.

—culpa do seu pai!

—o que meu irmão tem?

—doença da paixão.  —sua mãe diz.

—meu pai tenha piedade, aceite esse romance entre meu irmão e o escravo.

—já disse que não! Se ao menos ele fosse um homem livre,mas um escravo não!

Dom Pedro sobe para seus aposentos e Isabel o segue.

—meu pai!!

—diga filha.

—o senhor sempre fez minhas vontades,não foi?

—sabe que sempre teve tudo que queira na hora que queria.

—pois bem,eu tomei uma decisão!

—diga filha...

—quero abolir a escravidão.

—Isabel precisamos dos escravos.

—não precisamos, apenas nos acostumamos com isso.

José Antônio demonstrava melhora mas ainda estava febril.

—preciso ir naquela fazenda! Preciso resgatar Noah.

—ainda está muito fraco meu amigo.

—por favor não me negue isso meu amigo.

—mas é uma loucura José!

—ele precisa de mim.

Noah estava suado e fraco,há dois dias de pé amarrado no tronco sem água e sem comida.

—hoje vai ser meu por bem ou por mal,eu juro!

Ele acaricia as costas do escravo que chora sem forças.

Isabel continua a conversa do seu pai.

—me peça outra coisa filha,te darei o que pedir.

—pois bem,quero assinar a abolição da escravatura.

Pedro pensa e se senta na cama.

—o que posso fazer contra dois filhos abolicionistas?

—hoje farei o decreto na praça.

Joana vai até Noah.

—por que você complica tudo? É só deitar mais senhorzinho Marcelo.

—você não entende não é Joana? Eu não o amo.

—frescura! Quem você ama não te quer.

Mais tarde todos se encontravam na praça e lá estava a princesa Isabel.

—meu caros,eu,princesa Isabel de Bragança,decreto o fim da escravidão.

A maioria principalmente os homens resmungam e ficam indignados,as mulheres com seus guarda-sóis conversam entre si.

—a parti de hoje sob a ordem do vosso imperador,cada escravo será livre,não teremos mais homens cativos e mulheres na lavoura,ainda aquele que for contra a vontade do imperador e minha será preso imediatamente,assim anuncio o fim da escravidão no Brasil.

Todos aplaudem mesmo contra a vontade e Isabel assina um papel.

José Antônio chegava no palácio e vê a praça lotada.

—com licença... —Bernardo pede. —o que está acontecendo?

—a princesa Isabel,aboliu a escravidão, não existe mais escravos.

O Escravo Noah | Romance GayOnde histórias criam vida. Descubra agora