Mais tarde Noah é trago de volta pra sua humilde casa.
—eu amei o passeio,Alfredo.
—eu gostei mais ainda... senhor.
—pare de me chamar de senhor,pode me chamar de José Antônio.
—mas a vossa majestade é...
—esqueça minha coroa e foque apenas em mim e nos meus sentimentos.
—tenho medo.
—medo de quê?
—de me machucar...
—eu nunca vou te machucar e nem deixarei que o faça mal.
—quer entrar?
—quero,vou pedi a corte ao seu pai.
José Antônio entra na casa e encontra Carlos acendendo o fogão.
—meu pai! Esse é José Antônio, o príncipe de Bragança.
—majestade...
—não precisa de cerimônias, vim falar de homem pra homem.
—pois bem,diga.
—quero cortejar Alfredo,garanto que tenho as melhores intenções.
—mas você é um homem...
—sou igual ao Alfredo vejo que isso não seria empecilho.
—eu não sei príncipe, eu não estava pensando nisso.
—por favor senhor aceite,farei o Alfredo muito feliz.
Carlos bufa.
—está bem.
Noah sorri e abraça seu pai beijando seu rosto.
Em seguida Noah leva José até a porta.
—vou sonhar com você... Alfredo.
—eu também sonharei com a majestade.
—boa noite meu Alfredo.
José Antônio beija o rosto de Noah e sai do local.
No dia seguinte Marcelo pagava até o último centavo em buscar Noah,mas Matilde não sabia disso,eram jornais e cartazes para achar o escravo.
—bom dia meu marido.
—bom dia... —ele bebe um gole de café.
—acordou cedo hoje.
—estava sem sono...
—teve notícias do escravo?
—ainda não, mas terei. Assim que eu colocar as mãos nele ele irá desejar nunca ter nascido.
José Antônio volta ao Palácio e entra sorridente,beija sua mãe e sua irmã que repousavam na sala.
—bom dia povo de Bragança!!
—podemos saber o motivo de tanta euforia filho?
—eu conheci,finalmente conheci!!
—quem meu irmão?
—o amor da minha vida.
—não me diga que conheceu uma mocinha e se agradou. —Leopoldina diz sorrindo.
—não é mulher minha mãe,mas,dá de dez em qualquer donzela.
—seu pai não vai gostar nada disso.
—disso o que? —Pedro aparece perguntando.
—eu achei uma pessoa encantadora e vou me casar com ela.
—se for mulher eu dou a benção mas se for homem eu desaprovo.
—não preciso da sua aprovação pra nada!
—José Antônio!! Isso é jeito de falar com seu pai?
—ele pode me ofender e eu tenho que ficar calado?!
—quem é o sem vergonha?
—não fale assim dele, eu não permito!!
—para com esse absurdo! Se casar com outro homem é um absurdo,não aceito essa doença!
—tudo que não te agrada é uma doença, os negros têm doença, os rasga manga são doentes... percebe que quem tem doença é você!!
Pedro destaca um tapa no rosto de seu filho que não responde nada,apenas sai irritado do palácio.
—eu vou me casar com você meu amor,eu juro.
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O Escravo Noah | Romance Gay
Fanfiction◇ADAPTAÇÃO DA NOVELA "A ESCRAVA ISAURA" No século XIX no Brasil,era comum a venda e compras de escravos negros. Em uma das famílias ricas existiu uma escrava que se relacionou com um médico renomado da cidade,mas após anunciar que estava grávida f...