Capítulo 33

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Maraisa Pov

Estava sentada na mesa da cozinha preenchendo alguns papéis para a minha saída definitiva do FBI, e eu também decidi que arranjar um emprego seria uma boa opção invés de ficar em casa o dia inteiro.

Senti mãos tocarem os meus ombros e joguei a cabeça para trás encontrando os olhos de Marília.

- Boa tarde Maraisa. - Ela disse se inclinando e selando meus lábios.

- Boa tarde Lila. - Voltei minha atenção para o papel, ela sentou ao meu lado e capturou um dos papéis.

- O que é isso?. - Perguntou fitando o papel marrom.

- A minha saída definitiva do FBI. - Falei escrevendo.

- Ah, certo, e esses?. - Apontou para os brancos.

- Currículos, vou espalhar pela cidade amanhã. - Ela se mexeu na cadeira.

- Você não precisa de um emprego. - Disse baixo.

- Ah, eu preciso sim, não gosto de ficar em casa sozinha, depois de tudo que aconteceu comigo, eu não consegui ir para o FBI e isso dificultou completamente todo meu processo de vida. - Respirei fundo. - Tudo bem se não quiser, mas eu não vou ficar em casa enquanto você trabalha e Léo está na escola.

- Tudo bem Maraisa, que droga. - Levantou da cadeira saindo da cozinha.

Apoiei os cotovelos na mesa e coloquei as mãos no rosto passando nos cabelos depois, está difícil de conviver com Marília, ela e esse temperamento dela ativo, como se fosse destruir alguém à qualquer minuto, que ela destrua, menos eu óbvio.

Marília Pov

Maraisa não pode simplesmente decidir fazer o que ela quiser, porra, nós somos noivas, temos que entrar em um consenso, tudo bem que eu não queria colocar Léo em um colégio agora afinal, ele não tem documentos e ela teve que fazer algo para que alguém aceitasse Léo lá.

E agora ela decidi buscar emprego sem me comunicar nada, qual será o próximo passo em falso?.

- Oi, será que dá pra a gente se encontrar? Estou precisando extravasar. - Falei ao telefone.

- Aconteceu alguma coisa Marília?. - Sua voz era de preocupação.

- Não, só preciso beber. - Ouvi um som positivo e respirei fundo indo até meu closet.

Me arrumei, peguei as chaves do carro e desci as escadas devagar.

- Vai sair?. - Maraisa perguntou, ela estava em pé de costas para mim, na porta de vidro da sacada da sala.

- Vou, volto mais tarde. - Bati a chave na minha mão e ela balançou a cabeça positivamente devagar e eu suspirei saindo de casa.

Quando entrei no elevador, apoiei minha cabeça na parede de metal e suspirei, eu realmente preciso beber.

(...)

- Então, só por tudo isso você está se sentindo...?.

- Me sinto deixada Aline, sozinha, eu sei que pode ser egoísmo da minha parte querer Maraisa apenas para mim e só para mim, mas eu me sinto obrigada a ter ela ao meu lado, eu não quero chegar em casa e ela não estar, eu gosto de chegar e ser recebida da mesma forma que ela sempre me recebeu, um beijo e um abraço, isso é, tão bom. - Aline suspirou.

- Marília, vocês precisam fazer terapia de casal. - Olhei pra ela com deboche.

- Você é idiota? Nós não precisamos disso, só estamos com problemas, pequenos, dá para resolver. - Cruzei os braços.

Hostage - MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora