Capítulo 8

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Marília Pov

Hoje faziam duas semana, porra, duas semanas que Maraisa havia sumido, onde ela se meteu?Porra, quem passou por cima dos meus planos de sequestra-lá? Esse plano era meu, e não importa, eu vou matar seja lá quem for que à sequestrou.

Maraisa Pov

- Acorda meu amor. - Ouvi sua voz nojenta por trás daquela máscara.

Eu não conseguia ao menos abrir os olhos, eu sentia meu rosto dolorido dos seus socos, sentia nojo do meu corpo por ser tocado por ele todos os dias, eu estava sendo estuprada por aquele monstro que nem ao menos devia estar solto ainda.

Onde estão meus amigos do FBI? Eu poderia estar odiando Luísa agora, mas eu só queria que ela passasse por aquela porta e me salvasse de todo o tormento que passei e estou passando.

- Acorda Maraisa. - Senti um balde de água fria ser jogado em mim me fazendo erguer a cabeça e fitar aquele monstro. - Muito bem meu amor. - Sua voz era diabólica, eu odiava aquela máscara.

Sinceramente, depois de tudo isso, eu nunca mais irei assistir Star Wars.

Ouvi seu zíper ser aberto e fechei os olhos, o inferno começaria novamente, eu sinceramente, preferia estar morta.

Marília Pov

- Marília, Marília. - Ouvi a voz de Aline e logo em seguida minha porta foi aberta com brutalidade e uma Aline assustada entrou. - Eles estão vindo. - Disse olhando para trás.

- Quem está vindo Aline? - Me levantei e logo ela saiu da frente e quatro caras com porte físico forte e um senhor passou pela minha porta.

- Que bom que nos encontramos finalmente Marília, só sinto muito por ter sido tão... Trágico dessa forma. - Franzi o cenho.

- Acho que não entendi. - Engoli à seco e ele riu.

- Você está presa, pelo sequestro de Maraisa Pereira. - Abri a boca incrédula.

- Como assim? Eu não à sequestrei. - Ele riu novamente em deboche.

- E por que a sua blusa... - Ergueu a minha blusa no alto - Foi encontrada no apartamento dela? - Neguei.

- Não, eu nem ao menos sei onde Maraisa mora, isso está errado, não fui eu que à sequestrei. - Dois dos homens vieram na minha direção para me algemar.

- É Srta. Mendonça, não é o que a provas afirmam. - Sorriu diabólico. - Vamos garotos, temos muito trabalho ainda. - Saiu da minha sala e logo eles me levaram junto.

- Aline, fale com Murilo, eu quero ele na delegacia. - Gritei e ela assentiu rapidamente.

A maior vergonha de toda minha vida, passar por aqueles corredores sendo arrastada por dois brutamontes enquanto toda a imprensa olhava para mim horrorizada. A única pessoa que não vi ali, foi Bil.

Maiara parou à minha frente, com uma expressão de raiva mista com tristeza, e acertou um tapa em cheio na minha cara, coisa que ela nunca antes fez.

- Sua pervertida. - Cuspiu as palavras na minha cara e eu fui arrastada novamente para fora do prédio.

Me jogaram de qualquer jeito no carro e fecharam as portas, fechei os olhos, rezando para que isso fosse um pesadelo, eu não fiz nada, absolutamente, nada.

(...)

Maraisa Pov

Eu sentia todo meu interior, morto, mas por fora, infelizmente, eu estava viva, vivendo aquele inferno, sendo estuprada, morrendo de fome e sede, por causa de que? Eu nem ao menos sei.

Talvez ele seja apenas um pervertido qualquer que decidiu brincar comigo, ou talvez ele esteja à comando de alguém, mas quem? E se ele for alguém qual eu já prendi, bati ou ofendi em uma das minhas missões? Droga, me ensinaram nunca criar inimigos, mas olha só, isso acabou de passar pela minha cabeça.

- Irei comprar os presentes dos nossos filhos, eu volto já. - Disse passando a mão por meu rosto.

Quando ele fechou a porta, ouvi um estrondo, e logo outro, e mais outro, então eu ouvi dois tiros, e tudo, ficou em silêncio novamente.

Eu olhava para todos os lados, assustada com o que ouvi, quem será que está lá em cima? Quem foi, que ao menos, teve coragem de entrar aqui?.

E como se meus pensamentos pudessem ser ouvidos, a porta abriu, e alguém mancando, desceu os quatro degraus que ali tinha.

- Maraisa? - Ouvi uma voz, inconfundível.

Eu não conseguia falar, eu só queria gritar, gritar seu nome, para que me salvasse, me salvasse de uma vez.

- Maraisa onde você está? - Falou mais alto então me mexi rápido fazendo a terra que estava no chão fazer um som. - Hey, céus, você está aí. - Ouvi sua voz mais perto. - Vai ficar tudo bem agora, eu prometo. - Sentir seu perfume entrar nas minhas narinas, pareceu me dar forças, e ao mesmo tempo, esperanças de que tudo iria ficar bem.

(...)

Quando acordei, pude notar o teto branco, e pelo cheiro de remédio e estofado novo, soube que era um hospital.

Olhei para os lados e vi que eu estava sozinha, senti um incômodo no meu nariz e eu sabia que estava usando um daqueles aparelhos respiratórios.

Olhei um pouco mais e tinha uma máscara de oxigênio revestindo minha boca, respirei fundo e olhei para o lado vendo o soro cair aos pingos, então a porta foi aberta, e eu à vi, meu olhos se encheram de lágrimas e eu apenas queria chorar, chorar por saber que todo aquele inferno tinha acabado.

- Hey, como você se sente? - Perguntou sentando na cama, perto dos meus braços.

Apenas assenti como um sinal de que eu estava bem, mas ela não pareceu entender, então tirou minha máscara me fazendo respirar melhor.

- Melhor... - Minha voz não saiu mais alta que um sussurro, ela sorriu fraco.

- Eu fiquei com tanto medo, céus, eu achei... Eu achei que ele havia matado você. - Seus olhos encheram de lágrimas, fechei os olhos para não chorar novamente.

A porta foi aberta novamente e quando olhei era Maiara, ela chorava baixinho e o rosto estava levemente corado, sorri fraco e ela sorriu fraco também enxugando o canto dos olhos.

- Mara. - Se aproximou. - Eu me culpei durante dias. - Neguei. - Não precisa dizer nada, depois do dia que fui na sua casa, aconteceram um monte de coisas com você, eu me senti culpada sim, porque foi como se eu tivesse causado seu sumiço, eu também fui chamada na delegacia, e tive que contar toda história desde o dia em que nos conhecemos. - Fitei seus olhos. - Me desculpa, eu me sinto tão culpada por tudo que te aconteceu. - Assenti.

- Nã-não, se sinta, culpada. - Falei devagar por ainda estar sem forças. - Está, tudo bem. - Sorri demonstrando o que eu realmente sentia.

Olhei para a minha salvação, que estava sentada na minha cama segurando minha mão com força, sorri e ela sorriu enxugando as lágrimas.

Fechei os olhos e senti o cansaço tomar conta novamente. Senti a máscara de oxigênio novamente revestir minha boca e então logo eu estava dormindo.

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AIAI VIUUUU, FALO NADA...

Hostage - MalilaOnde histórias criam vida. Descubra agora